Fotos de satélite revelaram movimento de veículos em um local de lançamento de mísseis da Coreia do Norte nesta sexta-feira (29), segundo fontes do Pentágono. Isso significa que os norte-coreanos podem estar se preparando para lançar um míssil de longo alcance, segundo funcionários ouvidos pela France Presse e pela Associated Press.
O movimento é similar ao que ocorreu durante os trabalhos prévios ao lançamento de um foguete de longo alcance no mês passado.
Mais cedo nesta sexta, a Coreia do Norte realizou mais um lançamento de um míssil de curto alcance nas águas da costa leste, informou a agência sul-coreana 'Yonhap'. Esse é o terceiro dia em que o país comunista lança mísseis, depois do teste nuclear feito na última segunda-feira e que provocou alerta na comunidade internacional.
O país de Kim Jong-il anunciou nesta sexta-feira que agirá por 'legítima defesa' se for provocado pelo Conselho de Segurança da ONU. O grupo de países está considerando atuar com sanções ao regime comunista por causa do teste.
"Se o Conselho de Segurança fizer outras provocações, será inevitável que tomemos medidas de autodefesa. [...] Há um limite para nossa paciência. O teste que realizamos é o de número 2.054 na Terra. Os cinco membros permanentes do Conselho conduziram 99,99% do total de testes nuclares", afirmou o ministro das Relações Exteriores em um comunicado divulgado pela agência oficial do país. O texto chama o Conselho de Segurança de "hipócrita".
"Qualquer ação hostil do Conselho de Segurança da ONU vai significar a anulação do armistício", acrescentou o porta-voz, referindo-se à trégua que encerrou a Guerra das Coreias de 1950-1953. O governo de Pyongyang já havia afirmado que o acordo estava morto.
O porta-voz disse que o país, como Estado soberano, tem direito de realizar testes nucleares e de mísseis sem violar os protocolos internacionais.
O secretário de Defesa americano, Robert Gates, disse que a situação não é uma crise e seu país não enviará tropas extras para a região.