Soldados do Exército sul-coreano próximos a uma área desmilitarizada que separa as duas Coreias em Paju| Foto: Reuters

A Coreia do Norte pode lançar neste mês um novo míssil de longo alcance, capaz de atingir o território norte-americano, e também pode estar preparando escaramuças com o Sul numa área marítima disputada, disse a imprensa sul-coreana na segunda-feira (1º).

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Numa provocação raramente vista desde a Guerra da Coreia (1950-53), Pyongyang na semana passada testou uma arma nuclear, disparou mísseis de curto alcance e, diante da ameaça de punições da ONU, alertou que tomaria novas providências.

Agravando ainda mais as tensões, a Coreia do Norte deve levar a julgamento nesta semana duas jornalistas norte-americanas detidas há vários meses na fronteira com a China.

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Analistas dizem que o dirigente Kim Jong-il, com a saúde abalada, estaria tentando consolidar seu poder e direcionar a sucessão em favor de um de seus três filhos, além de arrancar concessões de potências regionais.

De acordo com o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo, citando fontes locais de inteligência, Pyongyang estaria preparando o lançamento de um míssil balístico intercontinental com alcance de 4.000 a 6.500 quilômetros, a partir da sua costa oeste.

"Os preparativos para o lançamento devem ser completados até meados de junho", disse uma fonte ao jornal. Outras autoridades não confirmaram a informação.

Em abril, a Coreia do Norte lançou um foguete que foi amplamente considerado como um teste do seu míssil de longo alcance Taepodong-2, o que violaria sanções da ONU em vigor desde 2006. Pyongyang alegou se tratar do lançamento de um satélite.

Analistas dizem que o foguete caiu após um trajeto de 3.000 quilômetros. Para alcançar o Alasca, precisaria percorrer 4.800 quilômetros.

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"O lançamento ... fracassou em demonstrar capacidades intercontinentais, então querem demonstrá-la desta vez", disse Kim Tae-woo, especialista em armas do Instituto para Análise de Defesa da Coreia.