O representante dos EUA nas discussões de sanções contra a Coreia do Norte inicia conversações na Malásia neste domingo (5), possivelmente sobre os vínculos de bancos com as finanças norte-coreanas, enquanto uma informação dava conta de que Pyongyang pode ter lançado mísseis de médio alcance numa série de disparos feitos no sábado (4).

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O Ministério da Defesa sul-coreano disse que a Coreia do Norte lançou sete mísseis balísticos, num ato de desafio aos Estados Unidos no Dia da Independência dos EUA, intensificando mais ainda as tensões regionais, já altas devido ao teste nuclear feito por Pyongyang em maio.

"Estamos em estado de alerta alto", disse uma fonte do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, acrescentando que não havia sinais iniciais de mais disparos de mísseis no domingo.

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O lançamento dos mísseis, que marca uma escalada das tensões promovida pela Coreia do Norte, provavelmente vai se refletir nos mercados asiáticos quando abrirem na segunda-feira, mas os investidores não prevêem um impacto grande.

Aparentemente a Coreia do Norte disparou dois mísseis de médio alcance Rodong, que têm alcance suficiente para atingir toda a Coreia do Sul e a maior parte do Japão, e cinco mísseis Scud, que podem atingir quase toda a Coreia do Sul, teria dito um representante sul-coreano, segundo a agência de notícias Yonhpa.

O representante disse que dois dos mísseis se deslocaram em velocidade maior que os outros, indicando que teriam sido do tipo Rodong.

"Constatamos que cinco dos sete mísseis caíram perto do mesmo ponto no Mar Oriental (Mar do Japão), o que indica que sua precisão melhorou", disse outro funcionário à Yonhap.

Os mísseis percorreram aproximadamente 420 quilômetros, e levará alguns dias para se confirmar o que foi disparado, disse o funcionário. Os relatos iniciais no sábado disseram que aparentemente todos os mísseis teriam sido Scuds.

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Resoluções da ONU proíbem a Coreia do Norte de disparar mísseis balísticos. O Japão estuda a possibilidade de instalar um novo sistema de defesa terrestre antimísseis para complementar os interceptores que já possui, informou o diário japonês Mainichi.

O lançamento acontece no momento em que os EUA estão reprimindo empresas suspeitas de ajudarem a Coreia do Norte com seu comércio de armas e mísseis, que foi sujeito a sanções da ONU impostas após o teste nuclear.