A Coreia do Norte informou nesta terça-feira que prendeu um cidadão dos EUA que entrou ilegalmente no território do país, aparentemente confirmando informações de que um ativista norte-americano cruzou a fronteira norte-coreana para alertar sobre os abusos aos direitos humanos cometidos pelo governo de Pyongyang.
Robert Park, de 28 anos, caminhou sobre o congelado rio Tumen a partir da China e entrou na Coreia do Norte na sexta-feira, disseram outros ativistas. Ele disse à Reuters antes de cruzar a fronteira que era sua missão como cristão fazer essa viagem e que estava levando uma carta pedindo a renúncia do líder norte-coreano, Kim Jong-il.
"Um cidadão dos EUA entrou no país através da fronteira Coreia do Norte-China e foi detido. A pessoa está atualmente sendo interrogada por uma agência", disse a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
A KCNA não divulgou mais detalhes. O país normalmente prende os poucos estrangeiros que cruzam ilegalmente a fronteira do isolado Estado comunista.
Um funcionário do Departamento de Estado norte-americano em Washington afirmou: "Temos visto as reportagens, mas não temos uma confirmação de que ele foi detido."
A Coreia do Norte pode tentar usar Park como forma de barganha com os Estados Unidos nas travadas negociações quanto ao programa nuclear norte-coreano, segundo analistas.
Em agosto, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton foi à Coreia do Norte para conseguir a libertação de duas jornalistas norte-americanas que ficaram presas no país por quase quatro meses por supostamente terem entrado ilegalmente no território norte-coreano.