Satélites espiões observaram sinais de que a Coreia do Norte prepara o transporte de um míssil de longa distância para um local de testes, disseram autoridades da Coreia do Sul neste sábado. Desde o teste nuclear subterrâneo da última segunda-feira, a Coreia do Norte testou seis mísseis de curta distância, em uma demonstração de força, e anunciou que não irá mais honrar o armistício de 1953 que suspendeu os conflitos de guerra com a Coreia do Sul.
O recluso Estado comunista parece estar se preparando para transportar por via férrea um míssil de longa distância de uma fábrica de armas próximo a Pyongyang para a base de lançamento de Musudan-ni, no nordeste do país, declarou um oficial do Ministério da Defesa da Coreia do Sul. Imagens foram capturadas por satélites norte-americanos, disse o oficial, que não pôde se identificar.
A Coreia do Norte levará duas semanas para concluir os preparativos ao lançamento, reportou a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando um oficial não identificado do serviço de inteligência. Autoridades de Washington disseram ontem ter repassado informações sobre indicações de aumento das atividades na base de testes de mísseis, mas não ofereceram detalhes. A agência de notícias Yonhap afirmou que o tamanho do míssil é similar a um foguete de longa distância que a Coreia do Norte testou em abril. Peritos afirmam que o míssil de três estágios tem potencial para atingir uma distância de mais de 6,7 mil quilômetros, colocando o Alasca em risco.
Segundo o professor da Universidade de Estudos da Coreia do Norte em Seul, Yang Moo-jin, o Norte deve disparar o míssil logo após o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotar uma resolução criticando o mais recente teste nuclear do país.
Segundo um documento prévio obtido pela agência de notícias Associated Press nesta sexta, a resolução deverá pedir a aplicação imediata das sanções impostas após o primeiro teste nuclear em 2006. Entre elas, estão um embargo parcial de armas, suspensão da venda de bens de luxo e revistas das embarcações para verificar se transportam armas ou material ilegal.
Estas sanções foram executadas esporadicamente e muitos dos 192 países das Nações Unidas as ignoraram. A China, entre os países que deixaram de cumprir as sanções contra a Coreia, demonstrou apoio à crítica dos países ao teste nuclear de segunda-feira. As informações são da Associated Press.
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