A Coréia do Norte pode anunciar neste mês o nome do eventual sucessor de seu líder, Kim Jong-il, disse a agência russa de notícias Itar-Tass nesta terça-feira, citando uma fonte diplomática em Pyongyang.

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- Um anúncio sobre a nomeação de um sucessor seria feito já neste mês, coincidindo com as celebrações do 60º aniversário do partido (dos Trabalhadores da Coréia, comunista) - disse a fonte, não identificada.

A fonte acrescentou que o sucessor deve ser um dos filhos de Kim Jong-il, todos "aproximadamente com chances iguais".

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A Coréia do Norte é a única dinastia comunista do mundo, e analistas especulam há anos qual filho Kim escolherá para sucedê-lo.

Kim, de 63 anos, tem três filhos conhecidos - Jong-nam, Jong-chol e Jong-un - com duas mulheres.

O mais velho, Jong-nam, de 34 anos, foi deportado do Japão em 2001 sob suspeita de ter usado um falso passaporte dominicano para entrar no país. Enviado para a China, disse na época que estava tentando visitar a Disneylândia de Tóquio.

Jong-nam teria caído em desgraça por causa do incidente, e desde então foi alvo de dois atentados, segundo informações apuradas pela imprensa sul-coreana com fontes de inteligência.

Jong-nam é filho de uma atriz que foi amante do seu pai. Ele teria estudado no exterior, acompanhando os deslocamentos da sua mãe, inclusive com passagens por Moscou e Genebra. A exemplo de seu pai na juventude, Jong-nam também tem pinta de playboy.

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O segundo filho, Jong-chol, é fruto do relacionamento de Kim com a sua segunda amante, Ko Yong-hi. Ele teria 24 anos.

Kenji Fujimoto, que foi cozinheiro do líder norte-coreano nas décadas de 80 e 90, escreveu em um livro que Kim não considera que Jong-chol tenha capacidade para governar o país.

O caçula, Jong-un, educado na Suíça, é considerado por analistas como o favorito para suceder o pai, mas talvez ainda seja jovem demais para ser indicado. Ele também é filho de Ko Yong-hi.

O próprio Kim Jong-il tinha 32 anos em 1974, quando foi eleito secretário do Comitê Central do partido comunista, o que na prática o transformou em sucessor do pai, o "Grande Líder" Kim Il-sung.

Nos anos seguintes, Kim Jong-il foi gradualmente acumulando influência em questões domésticas, internacionais e de segurança. Em 1991, foi nomeado comandante supremo das Forças Armadas, tornando-se oficialmente a segunda pessoa mais poderosa da Coréia do Norte, atrás apenas do seu pai. Assumiu o poder em 94, com a morte de Kim Il-sung, aos 82 anos.

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