A Coreia do Norte propôs hoje aos vizinhos sul-coreanos retomar em fevereiro os encontros entre as famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-1953). A iniciativa foi interrompida em 2010, devido à tensão política entre os dois países.
A proposição é revelada no mesmo dia em que o regime de Kim Jong-un enviou uma carta a Seul em que se diz preparado para iniciar uma etapa de paz, desde que sejam cancelados os exercícios militares conjuntos entre os vizinhos e os Estados Unidos.
A agência de notícias estatal KCNA informou que a proposta foi feita através de uma ligação ao presidente da Cruz Vermelha coreana, em Panmunjom, na zona desmilitarizada que divide os dois países. O chamado é feito após Pyongyang rejeitar os chamados de Seul, que pretendia unir as famílias na próxima sexta.
Em outubro, as duas Coreias tiveram a última tentativa de recuperar esses eventos humanitários, suspensos desde 2010. O gesto coincidiu com o envio de uma carta aberta a Seul, em que promete acabar com ameaças militares e retomar projetos de unificação.
"As relações entre Norte e Sul só mostrarão uma sólida melhora quando as duas partes tomarem medidas realistas para prevenir desastres nucleares iminentes", afirmou o regime norte-coreano, após insistir que sua proposta é "sincera".
A proposta da carta acontece dois dias após Pyongyang ameaçar Seul com um ataque se os exercícios com os EUA fossem mantidos. Em resposta, os dois países mantiveram as atividades das tropas na região, de fevereiro a abril.