Soldados norte-coreanos armam barricadas perto da cidade de Sinuiju| Foto: Stringer / Reuters

A Coreia do Norte propôs neste sábado realizar uma rodada de diálogos com a vizinha Coreia do Sul entre o fim deste mês e o início de fevereiro.

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Os norte-coreanos disseram ainda que reabrirão um escritório de representação em uma fábrica mantida em co-gestão com a Coreia do Sul, que havia sido fechada no ano passado.

A oferta norte-coreana foi o mais recente gesto entre vários atos conciliatórios adotados após a tensão entre as Coreias ter atingido seu nível mais alto desde a Guerra da Coreia (1950-1953), após os dois países terem trocado tiros e um navio da Coreia do Sul ter sido afundado.

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"Nós propomos formalmente e incondicionalmente uma rodada de conversas entre as autoridades do Norte e do Sul", afirmou a agência encarregada de lidar com os sul-coreanos, chamada Comitê de Reunificação Pacífica da Coreia.

"As autoridades sul-coreanas deveriam descartar quaisquer tensões desnecessárias, abrir seus corações e responder positivamente às propostas e medidas oferecidas pelo Norte", disse o comitê, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA.

Pela proposta, as negociações seriam realizadas em Keasong, pouco além da zona desmilitarizada ao final deste mês ou no início de fevereiro.

A oferta da Coreia do Norte repete ofertas de diálogo feitas pelo país em 1O de janeiro e novamente na semana passada. As ofertas foram rejeitadas pelo Sul que as considerou medidas de propaganda que pecavam pela falta de seriedade e formalidade.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos disseram que não haverá diálogo a não ser que esteja claro que pode ser feito progresso no sentido de reduzir as tensões e pôr fim às ambições nucleares do Norte.

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A agência do Norte afirmou ainda que pretende reabrir um escritório de representação no parque industrial de Kaesong, que foi construído por um conglomerado sul-coreano com o intuito de utilizar mão de obra e imóveis baratos norte-coreanos para produzir bens de consumo.

O local foi fechado em maio do ano passado, após os sul-coreanos terem imposto sanções aos vizinhos do Norte, acusando-os de terem afundado um de seus navios da Marinha, matando 46 marinheiros. A Coreia do Norte nega as acusações.

A medida, segundo o governo do Norte, foi firmada "na boa fé em abrir o canal de diálogo e em melhorar as relações Norte-Sul", afirmou o comitê norte-coreano.

A Coreia do Sul e as forças americanas reduziram seu nível de alerta contra o Norte, segundo informou a mídia sul-coreana na sexta-feira.

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