A Coreia do Norte, que está no meio de frequentes testes de armas, presidirá a Conferência de Desarmamento das Nações Unidas no mês de maio, o único fórum dedicado à negociação multilateral sobre o assunto.
Este órgão abriu suas sessões este ano sob a presidência da China, responsabilidade que os países-membros assumem de forma rotativa por ordem alfabética e durante um período de quatro semanas de trabalho (fora dos períodos de recesso).
A presidência chinesa terminará em 18 de fevereiro. Depois será assumida pela Colômbia, seguida por Cuba.
De acordo com o calendário da Conferência de Desarmamento, a Coreia do Norte ocupará a presidência de 30 de maio a 24 de junho, fato que antecipa a polêmica dentro do fórum e que já começou a ser denunciado pela sociedade civil.
Somente desde o início de 2022, o regime de Pyongyang realizou seis testes de armas, o último dos quais ocorreu nas últimas horas com dois mísseis balísticos de curto alcance.
Os Estados Unidos já fizeram um apelo a seus aliados para aumentar a pressão sobre o regime norte-coreano.
“Este é um país que ameaça atacar outros Estados-membros da ONU com mísseis e que perpetra atrocidades contra seu próprio povo. Tortura e fome são rotina nos campos de prisioneiros, onde cerca de 100 mil detentos são mantidos em uma das mais graves situações de violação de direitos humanos”, disse a ONG UN Watch em comunicado.
A entidade disse que planeja realizar protestos em frente à sede da ONU em Genebra, onde se reúne a Conferência de Desarmamento.
O órgão, formado por 65 Estados-membros da ONU, é considerado o pilar dos esforços internacionais de desarmamento nuclear e foi palco (incluindo a entidade análoga que o precedeu) das negociações que deram origem a importantes tratados de limitação de armas e desarmamento.
Estes incluem o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e as convenções para a Proibição de Armas Bacterianas e sobre Armas Químicas, entre outras.
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