O representante da Coréia do Norte nas negociações entre seis países sobre seu programa nuclear disse, a ex-autoridades dos Estados Unidos, que Pyongyang quer mais de meio milhão de toneladas de combustível por ano em troca da suspensão das atividades de seu reator atômico, afirmou neste domingo um jornal japonês.

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A exigência ultrapassa a ajuda de energia que a Coréia do Norte recebia sob um acordo de 1994 com Washington, que entrou em colapso com o início da atual crise nuclear, em 2002.

O jornal Asahi Shimbun disse que o vice-ministro do Exterior da Coréia do Norte, Kim Kye-gwan, apresentou a posição quando encontrou-se com Joel Witt, ex-autoridade do Departamento de Estado norte-americano, e com o especialista nuclear David Albright em Pyongyang, na última semana.

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Kim e outras autoridades norte-coreanas disseram que o país poderia suspender a operação de seu reator em Yongbyon se recebesse assistência equivalente a mais de 500.000 toneladas de óleo combustível por ano, disse o Asahi, citando os dois norte-americanos.

Autoridades norte-coreanas exigem também que Washington encerre suas sanções financeiras contra o país e remova a Coréia do Norte da lista de países que apóiam o terrorismo, disse o jornal.

Kim provavelmente apresentou as exigências a Christopher Hill, representante dos EUA nas negociações, quando se encontraram em Berlim, em janeiro. Mas ele pode ter decidido reiterar a posição para tentar obter concessões na próxima rodada dos debates entre seis países, marcada para começar na quinta-feira, em Pequim, segundo o jornal.

A Coréia do Norte insiste que não vai suspender seu programa nuclear até que os EUA encerrem as medidas contra firmas suspeitas de ajudar Pyongyang em atividades ilícitas, como falsificação de dinheiro. Analistas dizem que as ações prejudicaram muito as finanças internacionais da Coréia do Norte.

As negociações em Pequim entre autoridades dos Tesouros dos EUA e da Coréia do Norte, em busca de uma solução para o tema, terminaram na quarta-feira sem sinais de avanço. Por causa das medidas norte-americanas, um banco de Macau congelou 24 milhões de dólares em fundos de Pyongyang.

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As negociações entre seis países envolvem as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os EUA.