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Coreia do Norte

Coreia do Norte quer realizar reunião de cúpula com Seul

A Coreia do Norte está procurando realizar uma reunião de cúpula com a Coreia do Sul, disse uma autoridade sul-coreana neste domingo, o que indica uma nova iniciativa em sua tentativa de se entender com outros países depois de ser atingida por sanções da ONU.

A Coreia do Norte está sendo afetada por fortes chuvas que reduziram suas colheitas e pelas sanções impostas pela ONU depois que realizou, em maio, um teste nuclear. O objetivo das sanções é cortar o lucrativo comércio de armas norte-coreano. Nos últimos meses, o país tomou várias medidas de aproximação com os Estados Unidos e com a Coreia do Sul, seus tradicionais inimigos.

"Eles (norte-coreanos) disseram teoricamente que uma cúpula seria possível assim que o diálogo entre o Norte e o Sul alcançar algum progresso", disse a autoridade, que pediu para não ser identificada.

A Coreia do Norte indicou que quer manter melhores relações com o Sul quando o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, se encontrou com seu líder, Kim Jong-il, este mês na capital norte-coreana, Pyongyang, disse a fonte.

Kim indicou para Wen que o país está ansioso para o encerramento do boicote às conversações internacionais para desarmamento nuclear, mas buscava primeiro negociações diretas com Washington.

As duas Coreias realizaram duas reuniões de cúpula que resultaram no envio de grande quantidade de ajuda para o Norte e a promessa de líderes do Sul de reerguer a dilacerada economia norte-coreana.

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, no poder desde fevereiro de 2008, disse estar disposto a participar de uma cúpula, desde de que esteja vinculada a medidas significativas da Coreia do Norte para pôr fim a seus planos de armamento nuclear.

Um alto funcionário da defesa dos EUA em Washington afirmou, em declarações divulgadas neste domingo: "Nós repentinamente chegamos a uma fase agradável com a Coreia do Norte, com Kim Jong-il convidando o presidente Lee Myung-bak a visitar Pyongyang."

O Norte havia rompido relações com Lee, como reação por ele ter cortado a assistência incondicional dada ao país e ter estabelecido que a ajuda tem de estar relacionada ao desarmamento nuclear.

A ajuda do Sul já chegou a corresponder a quase 5 por cento da economia do Norte. As duas Coreias estão tecnicamente em guerra porque seu conflito de 1950 a 1953 terminou com um cessar-fogo, sem um tratado de paz.

A má administração da agricultura na Coreia do Norte provoca escassez crônica de alimentos no país. Na semana passada, seu governo pediu que a Coréia do Sul retome a ajuda alimentar suspensa quando Lee tomou posse.

No entanto, o Norte continua realizando ações de demonstração de poder, como o lançamento este mês de mísseis de curto alcance e ameaças de guerra com o Sul.

Analistas dizem que o país quer ampliar seu poder de barganha ao mostrar que está pronto a aumentar a tensão na região norte da Ásia, que é responsável por um sexto da economia mundial.

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