A Coreia do Norte prometeu acelerar seu programa nuclear e ameaçou responder com o uso da força se seus navios forem interceptados conforme previsto nas sanções votadas ontem peloConselho de Segurança das Nações Unidas.

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O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte também declarou, pela primeira vez, que o país tem em andamento um programa de enriquecimento de urânio e insistiu que nunca abandonará suas ambições nucleares. O urânio e o plutônio podem ser usados para fazer bombas atômicas.

As ameaças, feitas por meio de nota distribuída pela agência oficial de notícias, seguem-se à aprovação, ontem, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, de novas sanções contra o país, em retaliação à condução de um novo teste nuclear há mais de um mês. A resolução autoriza buscas em navios norte-coreanos suspeitos de transportarem mísseis balísticos e materiais nucleares. Foram aplicadas também sanções econômicas.

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As sanções são "outro produto vil da ofensiva liderada pelos Estados Unidos de pressão internacional com o objetivo de minar, desarmar o governo e sufocar a economia", disse a nota do Ministério.

Pyongyang acusou Washington pela tensão nuclear, dizendo ter sido "compelido a se tornar nuclear diante da política hostil dos EUA e das ameaças nucleares". Washington diz não ter intenção de atacar o Norte e estar preocupado de que o país esteja vendendo tecnologia nuclear para outras nações. A nota da Coreia do Norte também causou preocupação de que o país possa responder militarmente. "Qualquer tentativa de bloqueio de qualquer tipo pelos Estados Unidos e seus seguidores será considerada um ato de guerra e combatida com uma resposta militar definitiva", advertiu o Ministério norte-coreano.

Ontem, em precaução, a Coreia do Sul enviou centenas de soldados para duas ilhas próximas à fronteira marítima ao oeste com a Coreia do Norte, cena de batalhas navais fatais em 1999 e em 2002.

A Coreia do Norte deixou claro que possui um programa de enriquecimento de urânio, numa aparente confirmação de que desenvolve uma segunda fonte de material para armamento nuclear além do plutônio. Acredita-se que a Coreia do Norte possua 50 quilos de plutônio, o suficiente para a fabricação de uma dúzia de bombas nucleares, disse Yoon Deok-min, professor do Instituto de Assuntos Externos e Segurança Nacional, mantido pelo governo sul-coreano.