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Kim Jong-Un: em troca de assistência técnica, o ditador vai enviar mais de um milhão de cartuchos de artilharia para a Rússia usar contra a Ucrânia.
Kim Jong-Un durante sua visita a uma base norte-coreana| Foto: EFE/EPA/KCNA

O regime de Kim Jong-un na Coreia do Norte restaurou nesta segunda-feira (27) alguns de seus postos de guarda na fronteira com a Coreia do Sul que haviam sido desativados em 2018 como parte de um acordo que visava aliviar a tensão entre os vizinhos asiáticos. A medida é uma resposta à decisão de Seul de retomar a vigilância aérea da região após o lançamento de um satélite espacial feito por Pyongyang na semana passada.

O lançamento do satélite, que os norte-coreanos afirmam ser o seu primeiro de espionagem militar, foi condenado pela Coreia do Sul, pelos Estados Unidos e por outros países, que o consideram uma violação das resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) que proíbem o uso de tecnologia de mísseis balísticos pelo regime de Kim. Pyongyang, por sua vez, defende o seu “direito soberano de desenvolver um sistema de vigilância espacial” para enfrentar o que classifica como “ameaças militares lideradas pelos EUA”.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul distribuiu nesta segunda-feira fotos para a mídia local que mostram soldados e armas pesadas da Coreia do Norte em locais onde antes havia postos de guarda desmantelados. O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, ordenou ao exército de seu país que mantivesse uma “estreita vigilância” sobre a fronteira com o Norte e se preparasse para “qualquer eventualidade”.

A Coreia do Sul suspeita que o Norte tenha recebido ajuda tecnológica da Rússia para enviar o satélite ao espaço, em troca de fornecer armas convencionais para apoiar a guerra de Moscou na Ucrânia. Tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte negaram esse suposto acordo de transferência de armas.

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