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Soldados da Coreia do Sul observam movimentação do lado norte-coreano, em Paju, na fronteira entre os dois países: vizinhos firmaram trégua na guerra em 1953 | Jung Yeon/AFP
Soldados da Coreia do Sul observam movimentação do lado norte-coreano, em Paju, na fronteira entre os dois países: vizinhos firmaram trégua na guerra em 1953| Foto: Jung Yeon/AFP

Economia e isolamento, o dilema para a estabilidade de Pyongyang

Conhecida como a ditadura mais fechada do mundo, a Coreia do Norte não passa de um Estado pária para a maioria dos países. Política comum entres nações autoritárias, o isolamento serve ao interesse do governo de garantir a estabilidade do regime. Dificilmente um estrangeiro é permitido entrar no país e a população vive alienada ao mundo exterior. A pobreza é extrema e após a queda da União Soviética, a economia degringolou de vez nos anos 90. Estima-se que a fome tenha matado entre 2,5 a 3 milhões de pessoas.

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Hillary reitera apoio dos EUA ao Japão e à Coreia do Sul

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, reiterou ontem o compromisso dos Estados Unidos com os aliados Japão e Coreia do Sul frente às ameaças da Coreia do Norte. Hillary afirmou que o governo norte-coreano está agindo de maneira provocativa e agressiva com seus vizinhos e que há consequências para tal comportamento.

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Pyongyang - A Coreia do Norte elevou ontem o grau de tensão regional ao declarar inválido o armistício com a vizinha do Sul que encerrou na prática a guerra entre ambas, em 1953, e prometer "poderosa’’ resposta militar a ações de detenção e inspeção contra suas embarcações.

Pyongyang e Seul estão oficialmente em guerra até hoje, uma vez que nenhum acordo de paz foi firmado desde o "congelamento’’ do conflito, em 1953.

A ameaça norte-coreana é uma retaliação à decisão de Seul, anunciada na véspera, de aderir à Iniciativa de Segurança contra a Proliferação (PSI, na sigla em inglês). Para a Coreia do Norte, a decisão equivale a uma "declaração de guerra’’.

Criada pelo governo George W. Bush em 2003, como parte da "guerra ao terror’’, a PSI prevê inspeção de navios suspeitos de transportar materiais para armas de destruição em massa.

Também ontem, o país comunista reiniciou sua usina de reprocessamento de combustível nuclear, voltada para a produção de armas à base de plutônio, segundo informações publicadas na imprensa sul-coreana.

A usina, a principal do país, fora desativada no ano passado em acordo que previa ajuda econômica à Coreia do Norte e sua retirada, pelos EUA, da lista de países patrocinadores do terrorismo.

No último domingo, a Coreia do Norte levou a cabo seu segundo teste nuclear, violando resolução da ONU aprovada pelo Conselho de Segurança (CS) em 2006. A medida gerou unânime reprovação das principais potências internacionais, incluindo tradicionais aliados, como China e Rússia.

Em retaliação ao que considerou uma posição de confronto, sobretudo dos EUA, Pyongyang disparou uma série de mísseis de curto alcance no mar do Japão.

Confronto

O cenário de conflito militar aberto na região ainda é considerado remoto por analistas. Segundo agências russas de notícias, Moscou já estuda, no entanto, cenário de conflito, inclusive com uso de armamento nuclear, na península coreana, com a qual faz fronteira.

Por enquanto, a linha adotada pelos países envolvidos na região é o da diplomacia. O CS tenta ainda redigir nova resolução contra a Coreia do Norte – duas já vigoram atualmente.

O principal entrave vem de Pequim, que reluta em impor sanções ao país por temer um colapso econômico e um fluxo em massa de refugiados.

Entre as razões citadas para o recrudescimento norte-coreano está a tentativa de Kim Jong-il de controlar sua sucessão. Especula-se que o ditador se encontre em frágil estado de saúde.

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