O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na quarta-feira que ao menos por enquanto a Coréia do Norte continua a fazer parte do "eixo do mal", mas que há esperanças de que um dia tal grupo de inimigos dos EUA deixe de existir.
Em 2002, num discurso ao Congresso, Bush disse que Coréia do Norte, Irã e o Iraque (então sob o regime de Saddam Hussein) formavam um "eixo do mal", pois eram países que buscavam armas de destruição em massa para atacar aliados dos EUA ou chantagear Washington.
Mas, depois de testar armas nucleares, recentemente a Coréia do Norte tomou medidas para desativar seu programa atômico militar, o que incluiu apresentar um inventário detalhado das suas atividades e destruir uma torre de resfriamento de água na velha usina de Yongbyon.
Mas Bush deixou um encontro com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, dizendo que a exclusão de Pyongyang da lista de inimigos "ainda está por ser determinada". "Os abusos a direitos humanos dentro do país ainda existem e persistem. O líder norte-coreano ainda precisa esclarecer até que ponto teve um programa de urânio altamente enriquecido."
"Para sair da lista, da lista do 'eixo do mal', o líder norte-coreano terá de tomar certas decisões. Não posso prever as decisões do líder norte-coreano", acrescentou Bush, que no entanto viu um "passo positivo" na destruição da torre em Yongbyon.
Bush já propôs que a Coréia do Norte deixe, talvez a partir da semana que vem, a lista de países que patrocinam o terrorismo - desde que Pyongyang aceite um plano para explicar os detalhes do seu programa nuclear. Especialistas dizem que esse processo pode demorar mais tempo.
Críticos dizem que Bush foi impreciso e agressivo quando falou do "eixo do mal". O Iraque saiu da lista com a deposição do regime de Saddam Hussein, e o Ocidente continua - via diplomacia e sanções - tentando convencer o Irã a abandonar seu programa nuclear, que o Ocidente suspeita ter objetivos militares, o que Teerã nega.
"Minha esperança é de que a lista do 'eixo do mal' não exista mais. Essa é minha esperança pelo bem da paz. É minha esperança pelo bem dos nossos filhos", afirmou Bush.
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