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Kim Jong-Un: em troca de assistência técnica, o ditador vai enviar mais de um milhão de cartuchos de artilharia para a Rússia usar contra a Ucrânia.
Kim Jong-Un: em troca de assistência técnica, o ditador vai enviar mais de um milhão de cartuchos de artilharia para a Rússia usar contra a Ucrânia.| Foto: EFE/EPA/KCNA

A Coreia do Norte está fazendo os ajustes finais para o lançamento de seu satélite espionagem, após duas tentativas fracassadas – ocorridas em maio e agosto deste ano. Desta vez, o regime do ditador Kim Jong-Un conta com o auxílio da Rússia, que ofereceu conhecimentos tecnológicos em troca de fornecimentos militares norte-coreanos. A informação é do Serviço de Inteligência da Coreia do Sul (NSI).

Segundo a NSI, a Coreia do Norte cedeu aos russos um carregamento de munição contendo mais de um milhão de cartuchos de artilharia. É o equivalente ao suprimento gasto pelo país, na guerra contra a Ucrânia, pelo período de dois meses.

Para atender essa demanda, as fábricas militares norte-coreanas estão operando com sua capacidade total – inclusive com a participação de civis, envolvidos na confecção das caixas que serão enviadas por meio navios e aviões russos.

Em setembro, quando se encontrou com Kim Jong-Un na estação de lançamento espacial da Rússia, o presidente Vladimir Putin deu sinais de que apoiaria Pyongyang no desenvolvimento de seus satélites. De acordo com a inteligência sul-coreana, os russos forneceram assistência técnica para verificar o motor do foguete espacial, que sofreu avarias nas tentativas anteriores de lançamento.

Especialistas acreditam que, caso a Coreia do Norte consiga colocar o satélite em órbita, a cooperação com a Rússia será expandida – e as novas operações incluiriam a modernização de outras aeronaves e de armas convencionais norte-coreanas. A parceria representa uma ameaça não apenas para a segurança da Coreia do Sul, mas também para o Japão e os Estados Unidos.

Em outubro, os três países realizaram um treinamento com caças na região da cidade sul-coreana de Busan. E, nesta semana, cerca de 130 aeronaves da Coreia do Sul e dos EUA estão participando de um exercício em conjunto. O objetivo é demonstrar o poder militar de Seul para dissuadir os norte-coreanos.

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