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Atualizado em 10/10/2006 às 21h50

A Coréia do Norte pode ter realizado um novo teste nuclear, o segundo em dois dias, informou nesta terça-feira (horário de Brasília) a emissora de TV estatal do Japão, NHK. Segundo fontes do governo japonês, um tremor foi sentido há poucos minutos na Coréia do Norte.

A informação, no entanto, ainda não foi confirmada. Segundo uma autoridade sul-coreana da área de geociência, não havia sinal imediato de atividade sísmica na vizinha Coréia do Norte. Autoridades de inteligência dos Estados Unidos também alegaram não ter evidências suficientes para confirmar a informação divulgada pela rede de TV japonesa

- Não podemos corroborar a informação da NHK - disse uma autoridade dos EUA, que afirmou ter checado a questão com fontes de inteligência.

Deixando de lado o alerta de seus vizinhos, dos Estados Unidos e do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a Coréia do Norte anunciou na segunda-feira que conduziu o primeiro teste nuclear de sua história .

O anúncio foi veementemente condenado pela comunidade internacional e gerou pedidos de sanções contra o país. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China - e o Japão se reuniram em consultas privadas para debater um projeto de resolução que contém medidas punitivas.

Além de exigir que a Coréia do Norte retorne às conversações, o projeto de resolução também propõe uma série de sanções contra o regime de Pyongyang. Entre elas, a inspeção de todos os carregamentos que saem e entram pelos portos norte-coreanos para impedir a proliferação nuclear.

Outras sanções propostas são a proibição de funcionários norte-coreanos de deixar o país, um embargo comercial sobre artigos de luxo e materiais militares e o congelamento de todos os ativos financeiros relacionados aos programas nuclear e de mísseis balísticos.

Nos próximos dias haverá encontros de especialistas e de diplomatas.

A Coréia do Norte se disse disposta a negociar diretamente com os Estados Unidos. A Casa Branca negou tal possibilidade.

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