A Coreia do Norte testou neste sábado, no Mar do Japão, o que poderia ser um míssil balístico submarino, informou o ministério sul-coreano da Defesa. “A Coreia do Norte lançou um projétil suspeito de ser um míssil balístico submarino (SLBM) às 9h30 GMT (6h30 de Brasília) no Mar do Japão, perto da cidade portuária norte-coreana de Sinpo”, afirmou o porta-voz do ministério sul-coreano. “Vigiamos de perto o exército norte-coreano e nosso dispositivo de defesa está preparado”, completou a mesma fonte. O míssil realizou um voo de 30 quilômetros, mas o lançamento “parece ter sido um fracasso”.
O Departamento de Estado americano considerou o teste de um possível SLBM uma “flagrante violação” das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. “Monitoramos de perto as atividades da Coreia do Norte e a situação na península coreana, em particular as atividades militares norte-coreanas”, declarou John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado. “Os lançamentos que utilizam tecnologia de mísseis balísticos são uma flagrante violação das várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, completou.
Washington afirmou que Pyongyang deve “abster-se de executar ações que poderiam desestabilizar a região e concentrar-se, por outro lado, no cumprimento de etapas concretas como parte de seus compromissos e suas obrigações internacionais”.
Pyongyang tenta há muito tempo desenvolver sua tecnologia de mísseis balísticos submarinos para poder aumentar a escala de seu programa nuclear, o que permitiria seguir além da península coreana. O regime norte-coreano executou vários testes de mísseis balísticos submarinos que classificou como disparos de sucesso, mas as afirmações foram questionadas por especialistas, que sugerem que o país ainda não superou a etapa preliminar, baseada em plataformas submersas.
A Coreia do Norte prepara, para o início de maio, um congresso de seu partido único, o primeiro em 36 anos. Analistas consideram que o dirigente do país, Kim Jong-un, tentará ressaltar os “êxitos” do programa nuclear norte-coreano. Neste contexto, o país pode tentar realizar o quinto teste nuclear antes da abertura do congresso.
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