A Coréia do Norte concordou em desativar o reator de Yongbyon outras duas instalações nucleares até o próximo dia 31 de dezembro, sob um acordo estabelecido nas negociações entre seis países, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua. O texto prevê a extinção de todas as instalações nucleares norte-coreanas, mas não estabelece um prazo para a "desnuclearização" total.

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O acordo estabelece ainda que EUA e Japão devem fazer esforços para normalizar suas relações diplomáticas e comerciais com a Coréia do Norte, além de determinar ajuda financeira ao país, calculada com base nos preços do petróleo (o equivalente a um milhão de toneladas). Na primeira etapa, os EUA vão liderar um grupo de especialistas que será enviado a Coréia do Norte nas próximas duas semanas para preparar a desativação das instalações nucleares.

"A pedido das outras partes, os Estados Unidos dirigirão as atividades de desmantelamento e fornecerão os recursos iniciais para estas atividades", diz o texto.

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Além da Coréia do Norte, as negociações incluem Coréia do Sul, China, Estados Unidos, Japão e Rússia. O acordo foi divulgado em Pequim nesta quara-feira, segundo a Xinhua, depois que todas as partes assinaram o texto. No acordo, Pyongyang também se comprometeu a não transferir material nuclear, tecnologia ou know-how no setor.

As conversações com objetivo de frear o programa nuclear coreano terminaram no domingo para permitir que os representantes de cada parte pudessem discutir a elaboração de uma declaração conjunta com os governos de cada país.

Sob o título "Segunda fase das ações para a implementação da declaração conjunta", o acordo é resultado da sexta rodada de negociações entre os seis países, realizada entre os dias 27 e 30 de setembro, e determina a adoção das medidas estabelecidas pelo grupo em 2005 - a chamada desnuclearização pacífica da Coréia do Norte.

Para isso, "serão adotadas medidas específicas pelos líderes da delegação, de acordo com os príncipios de serem aceitas por todas as partes, científicas, seguras, verificáveis, e consistentes com padrões internacionais".

Nos últimos dois dias, a Coréia do Norte sedia um encontro histórico entre seu líder, Kim Jong-il, e o presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun.Após duas reuniões nesta quarta-feira, o presidente sul-coreano admitiu que as lideranças norte-coreanas não estão satisfeitas com o ritmo que a Coréia do Sul quer imprimir às conversas a desnuclearização de Pyongyang.

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Roh admitiu que havia uma barreira invisível entre ele e o ditador norte-coreano, mas disse que é preciso acabar com o muro de desconfiança. Os líderes das duas Coréias farão na quinta-feira uma declaração conjunta.