A Coreia do Norte voltou a enviar balões com dejetos para a Coreia do Sul neste sábado (1º), segundo informou o Exército sul-coreano, dias depois de lançar centenas de balões semelhantes através da fronteira.
Às 20h45 (horário local, 8h45 de Brasília), o Estado-Maior Conjunto do Sul (JCS) informou em comunicado que cerca de dez balões enviados do Norte foram avistados ao longo da Linha de Demarcação Militar que atravessa a zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias.
O Exército sul-coreano, que espera detectar mais destes balões nas próximas horas, afirmou que a maioria deles voou em direção à província de Gyeonggi, que circunda Seul.
A Coreia do Norte enviou cerca de 260 balões cheios de lixo e excrementos para a Coreia do Sul na terça (28) e na quarta-feira (29), depois de avisar que responderia ao envio de panfletos anti-regime por parte de ativistas sul-coreanos.
O Exército sul-coreano aconselhou os cidadãos a não tocarem nos balões (que estão equipados com temporizadores para estourá-los) ou no conteúdo que transportam e a informar as autoridades militares ou policiais quando os encontrarem.
Kim Yo-jong, irmã do ditador norte-coreano Kim Jong-un, disse na quarta-feira que os balões eram “presentes sinceros” para os sul-coreanos que pedem garantias de liberdade de expressão e alertou que seu país enviará “dezenas de vezes” mais lixo do que o que é espalhado no Norte, em referência aos panfletos dos ativistas.
O Ministério da Unificação de Seul alertou nesta sexta-feira (31) que tomará medidas “insuportavelmente dolorosas” contra a Coreia do Norte se o país continuar a lançar balões.
A Coreia do Norte intensificou as suas ações para provocar o Sul esta semana, após a tentativa de lançar um satélite espião na última segunda-feira (27).
Neste sábado, pelo quarto dia consecutivo, Pyongyang realizou ataques de bloqueio do sistema de navegação GPS em águas próximas das ilhas fronteiriças da Coreia do Sul.
A Coreia do Norte também disparou uma rajada de artilharia na quinta-feira (30), em um exercício que disse ter realizado para demonstrar a sua determinação em realizar um ataque preventivo contra a Coreia do Sul. (Com Agência EFE)