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O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, afirmou nesta segunda-feira (9) que está pronto para dialogar com a Coreia do Norte. Porém, ele disse que não renunciará aos princípios que enfureceram a nação comunista e pioraram a relação entre os vizinhos no ano passado. A tensão entre as duas Coreias piorou nas últimas semanas, com Pyongyang anunciando que desistiria de todos os acordos de paz com Seul, advertindo sobre o risco de uma guerra na península e supostamente preparando um teste de um míssil capaz de alcançar o oeste do Estados Unidos.

"Eu estou ciente do fato de que algumas pessoas estão preocupadas com a recente série de ameaças da Coreia do Norte", disse Lee durante discurso no rádio. "Contudo, meus caros cidadãos, nós não temos que nos preocupar muito com isso." Lee reiterou que seu governo está pronto para dialogar "a qualquer hora" com o vizinho, para reduzir a tensão. Advertiu, contudo, que manterá a posição dura para alcançar resultados.

"Eu acredito que particularmente importante nos laços entre Sul e Norte são os princípios", afirmou Lee, que periodicamente dá declarações favoráveis ao diálogo. Em sua posse, no ano passado, o líder sul-coreano se disse disposto a encontrar o líder norte-coreano, Kim Jong-il. Contudo, Lee advertiu que Seul não oferecerá auxílio incondicional ao vizinho pobre e com armas nucleares, como fez seu antecessor. Pyongyang reagiu cortando todos os laços no último ano, interrompendo a cooperação em projetos conjuntos importantes e chamando Lee de "escória humana."

A Coreia do Sul, os Estados Unidos, o Japão, a China e a Rússia pressionam a Coreia do Norte a desistir de seu programa nuclear, em troca de um pacote de benefícios. As negociações estão paralisadas há meses, pois Pyongyang se recusa a permitir o acesso total a suas atividades nucleares, atuais e passadas.

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