O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, defendeu nesta quarta-feira (1º) que não se utilize ação militar contra a Coreia do Norte, no momento em que os Estados Unidos reforçam sua presença militar na região e o presidente Donald Trump se prepara para uma visita à Ásia.
Em discurso televisionado, Moon prometeu reforçar a capacidade militar sul-coreana com mais gastos em defesa, mas disse que Seul não deveria desenvolver nem possuir armas nucleares. "Nossa prioridade é manter a paz na Península Coreana", afirmou. "Portanto, um conflito armado deve ser evitado sob qualquer circunstância. Nenhuma ação militar na Península Coreana deve ser tomada sem o consentimento prévio da República da Coreia", afirmou ele, que usou o nome formal da Coreia do Sul.
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No discurso realizado seis meses após sua posse, Moon pediu uma resolução pacífica do conflito com Pyongyang por seu programa de armas nucleares, mesmo após ter anunciado a maior alta anual no orçamento militar sul-coreano em quase uma década. Ele disse que pretende manter a "grande superioridade militar" de seu país.
Defesa
O orçamento anual, que precisa ser aprovado pelos legisladores, solicita um aumento de 6,9% em gastos com defesa e uma alta de 10,5% no financiamento para projetos que segundo ele irão reformar as capacidade do país no setor de defesa.
Em caso de um grande conflito na Península Coreana, o comandante das Forças Armadas dos EUA assumiria o controle operacional também das forças sul-coreanas, no âmbito de um tratado em vigor desde a Guerra da Coreia (1950-53). Esse pacto é visto por Moon e seus aliados como um embaraço à soberania sul-coreana, além de abrir espaço para acusações da Coreia do Norte de que o vizinho é um fantoche dos EUA.
Trump visita a Coreia do Sul na próxima terça-feira (7), em seu giro de cinco países pela Ásia. O presidente americano já ameaçou várias vezes atacar a Coreia do Norte e disse recentemente que as tentativas de diálogo com o regime norte-coreano eram "perda de tempo".
Em seu discurso, o presidente da Coreia do Sul não fez nenhuma oferta de reunião direta com o líder norte-coreano, Kim Jong Un. Moon reafirmou, porém, que considera as sanções e a pressão sobre Pyongyang como uma forma de reiniciar o diálogo bilateral.
Com informações da Dow Jones Newswires.
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