A Coreia do Sul segue "aberta ao diálogo" com a Coreia do Norte, assegurou nesta sexta-feira (5) o ministro da Unificação de Seul, Ryoo Kihl-jae, em plena escalada da retórica belicista do regime comunista, que nas últimas semanas formulou contínuas ameaças.

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A máxima autoridade sul-coreana no âmbito das relações com a Coreia do Norte expressou que Seul está "aberto a qualquer tipo de diálogo entre as Coreias", mas reconheceu que "as relações intercoreanas enfrentam uma crise".

"O governo da Coreia do Sul reconhece a gravidade da situação e está se preparando para todas as possibilidades, já que essas ameaças da Coreia do Norte são relativas à segurança da população sul-coreana", explicou.

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No entanto, Ryoo confirmou a vontade de Seul de prestar socorro humanitário para cobrir as necessidades alimentícias da população norte-coreana, "independentemente da situação" política.

Embora não tenha informado a data nem a natureza de futuras entregas de auxílio, o ministro disse que "lhes ofereceremos alguns produtos e restringiremos o envio de outros".

A autoridade sul-coreana também comentou a atual crise no complexo de Kaesong, único projeto de cooperação vigente entre as duas Coreias, que foi foco de tensão depois que a Coreia do Norte impediu a passagem de empregados sul-coreanos na quarta-feira e na quinta-feira, em uma ação sem precedentes.

Ryoo assegurou que Seul não planeja retirar os aproximadamente 600 sul-coreanos que permanecem, por decisão das empresas, em Kaesong, situado em território da Coreia do Norte, por considerar que "sua segurança não corre perigo"

Em todo caso, ressaltou que "os atos de tensão (da Coreia do Norte) não são de nenhuma ajuda para o complexo industrial de Kaesong", onde 123 empresas sul-coreanas fabricam produtos com a mão de obra barata de 54 mil trabalhadores norte-coreanos.

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Pyongyang, portanto, "deve cessar imediatamente suas ameaças e provocações", indicou.

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