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A Coreia do Sul ordenou a evacuação de moradores de uma área de fronteira após uma troca de tiros com o vizinho do Norte. Mais cedo, Pyongyang lançou um projétil na direção de um alto-falante sul-coreano que transmitia mensagens estridentes e, em resposta, Seul fez dezenas de disparos de artilharia.

A Coreia do Norte não respondeu imediatamente, mas fez um alerta em uma carta, dizendo que iria recorrer a ação militar se o Sul não removesse os alto-falantes dentro de 48 horas, em um momento do aumento de tensões na península.

A Coreia do Sul afirmou que o seu equipamento de detecção tinha identificado a trajetória de um suposto projétil norte-coreano lançado em torno das 15h52 (3h52 pelo horário de Brasília), que não pareceu ter danificado o alto-falante ou causado quaisquer danos.

O gabinete presidencial da Coreia do Sul convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional e, em seguida, a presidente Park Geun-hye disse às principais autoridades de defesa que “reagissem com firmeza” às provocações norte-coreanas, segundo um porta-voz.

Apesar de elevar o o status de alerta para o mais alto nível, o governo sul-coreano não relatou outros movimentos do vizinho do Norte. Não houve menção dos disparos na mídia estatal norte-coreana, que normalmente não faz comentários imediatos sobre os acontecimentos.

O suposto projétil caiu em uma área a cerca de 60 quilômetros ao norte de Seul, na parte ocidental da zona fronteiriça, disse o Ministério da Defesa. Residentes sul-coreanos na área foram obrigados a deixar o local, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A tensão entre as duas Coreias aumentou desde o início deste mês, quando explosões de minas terrestres na Zona Desmilitarizada (DMZ) feriram dois soldados sul-coreanos.

Seul acusou a Coreia do Norte de lançar as minas, o que Pyongyang negou. Em seguida, o Sul começou a transmitir propaganda contra a Coreia do Norte de alto-falantes na fronteira, retomando uma tática que ambos os lados tinham interrompido em 2004.

A troca de tiros desta quinta-feira também acontece em meio aos exercícios militares anuais conjuntos entre EUA e Coreia do Sul, que começaram na segunda-feira. Pyongyang considera a ação como preparação para a guerra.

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