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O presidente da Coreia do Sul fez um chamado neste domingo para que o vizinho comunista do Norte abandone os planos de desenvolver armas de destruição em massa e volte ao diálogo com Seul.

A Coreia do Norte aumentou a tensão na região nas últimas semanas ao preparar teste com míssil desenhado para levar armas nucleares tão longe quanto ao Alasca, mas que não chegou a voar, segundo os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

A Coreia do Norte tem dito que está preparando o lançamento de um satélite, e que tem o direito de fazê-lo como parte de um programa espacial pacífico.

"De todos os países no mundo, a Coréia do Sul é o que mais se preocupa com as vidas e a felicidade do povo norte-coreano. O que protege a Coréia do Norte não são armas nucleares, mas a cooperação com o Sul e com a comunidade internacional," disse o presidente Lee Myung-bak.

"Desnuclearização é um atalho para a Coréia do Norte, que lhe permitirá se desenvolver como membro da comunidade internacional," afirmou Lee, num discurso que marcou um levante contra a ocupação japonesa da península coreana.

Analistas dizem que o Norte está pressionando o novo governo dos Estados Unidos e os seus aliados na Ásia, com o objetivo de aliviar as políticas duras contra o país.

No mês passado, em visita à Ásia, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, alertou a Coréia do Norte contra provocações.

Em Pequim, o ministro do Exterior japonês, Hirofumi Nakasone, pediu moderação à Coréia do Norte," segundo o seu porta-voz Kasuo Kodama. "Se a Coréia do Norte testa os mísseis, mesmo insistindo que não é um míssil, mas um satélite, o governo japonês acha que isso vai contra a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas," afirmou Kodama, citando o ministro.

Japonêses e chineses concordaram em incentivar e seguir com as negociações para desarmar a Coréia do Norte. Porém, segundo o porta-voz Kodama, a impressão japonesa é que Pequim ainda não tem uma posição sobre a alegação dos norte-coreanos sobre o satélite.

O porta-voz do ministro do Exterior da China não quis comentar na semana passada se Pequim considerava que os norte-coreanos se preparavam para o lançamento de um satélite ou de um míssil.

A Coreia do Norte cortou o diálogo com os vizinhos do sul, por conta da política do presidente sul-coreano que cortou o fluxo contínuo de ajuda para o norte. O presidente condicionou ajuda ao desarmamento.

Pyongyang diz que o presidente Lee está levando a península a um estado de guerra. "A ameaça de mísseis aqui vem dos Estados Unidos e da Coréia do Sul," disse neste domingo a agência de notícias da Coreia do Norte.

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