Primeiro exercício militar de sul-coreanos com os Estados Unidos já havia criado tensão entre as Coreias| Foto: Adam K. Thomas/Reuters/U.S. Navy

A Coreia do Sul pediu o fim das provocações de sua vizinha do Norte neste domingo, depois que Pyongyang ameaçou Seul com "o mais severo dos castigos" pelos exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos. Previstos para começar hoje, as manobras de grande escala terão duração de dez dias, com a participação de um total de 56 mil soldados sul-coreanos e 30 mil militares americanos.

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As relações entre os dois países são tensas desde que em março deste ano um navio de guerra sul-coreano foi afundado e deixou 46 mortos. Seul e Washington responsabilizaram Pyongyang pelo ataque, após uma investigação internacional.

Em um discurso de celebração aos 65 anos de libertação da península do regime colonial japonês o presidente sul-coreano Lee Myung-bak, afirmou que Pyongyang precisa enfrentar a realidade, fazer uma mudança corajosa e tomar uma decisão drástica. "As duas Coreias devem superar o atual estado de divisão e avançar rumo ao objetivo de uma reunificação pacífica", frisou Lee.

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Pyongyang, por sua vez, advertiu que o exército e o povo do Norte infligiriam o "mais severo castigo" a Seul pelas ma­­nobras militares conjuntas, "como já decidiu e anunciou no país e no exterior", destacou um comandante do exército norte-coreano, citado pela imprensa oficial.

Manobras

Os exercícios que têm início hoje integram uma série planejada por Seul após o afundamento do navio Cheonan. O general Walter Sharp, que comanda os soldados norte-americanos na Coreia do Sul, descreveu as manobras como "um dos maiores exercícios militares conjuntos do mundo".

O presidente sul-coreano revelou ontem um mapa do caminho de vários passos para uma reunificação, começando pela criação de uma "comunidade de paz", depois que a península estiver livre das armas nucleares. O segundo passo seria desenvolver a economia do Norte e formar uma comunidade financeira, com o objetivo de alcançar uma integração.

Para financiar a cara reunificação, Lee propôs a criação de um imposto especial, já que um estudo encomendado pelo Par­lamento sul-coreano calculou os custos em até US$ 1,3 bilhão.

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