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Afirma Imprensa Sul-coreana

Coreia do Norte teria executado próprio negociador após cúpula fracassada com os EUA

Negociador norte-coreano Kim Hyok Chol (ao centro)
Negociador norte-coreano Kim Hyok Chol (ao centro, de gravata azul) (Foto: Ed Jones/AFP)

A Coreia do Norte executou o seu enviado especial para as conversas de desnuclearização com os Estados Unidos após a fracassada cúpula entre o ditador Kim Jong-un e o presidente Donald Trump, em Hanói, Vietnã, segundo o jornal sul-coreano Chosun Ilbo, um dos maiores do país. Acredita-se que Kim tenha ordenado a execução para conter a insatisfação interna com o encontro.

De acordo com a reportagem, publicada nesta sexta-feira (31), Kim Huok Chol foi executado em março, cerca de um mês após a cúpula, no aeroporto de Mirim, em Pyongyang, junto com quatro diplomatas do Ministério das Relações Exteriores. Eles, segundo fontes anônimas citadas pelo jornal, foram acusados de espionagem para os Estados Unidos.

"Ele foi acusado de espionar para os Estados Unidos por ter informado mal sobre as negociações, sem ter entendido apropriadamente as intenções dos EUA", disse a fonte, de acordo com tradução da agência de notícias Reuters, que não pôde confirmar independentemente os relatos.

Autoridades da Coreia do Sul não quiseram comentar as informações, considerando que seria "inapropriado" falar sobre um assunto que deve ser, antes de tudo, verificado.

Um diplomata, porém, contou à Reuters que Chol e outros oficiais foram punidos pelo fracasso da cúpula de Hanói, mas disse que não há evidências de que eles tenham sido executados. Segundo a fonte, alguns deles teriam sido enviados a campos de trabalho forçado para reeducação, inclusive a chefe do Secretariado do Comitê para a Reunificação, Kim Song Hye, a intérprete Sin Hye Yong, e o antecessor de Kim Huok Chol, Kim Yong Chol, que já tinha sido demitido de um alto cargo no Partido dos Trabalhadores da Coreia — e vários membros do seu gabinete deixaram de ser vistos em público.

De acordo com o Chosun Ilbo, a intérprete Sin Hye Yong teria cometido erros de tradução durante o encontro com Trump que supostamente foram críticos para o desfecho da cúpula, incluindo uma "oferta de última hora" que Kim teria feito a Trump no momento em que o presidente americano estava prestes a abandonar o encontro.

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