A Coreia do Norte e a Coreia do Sul chegaram nesta sexta-feira (28) a um acordo que permite uma nova série de reuniões para famílias separadas pela guerra na península. Membros da Cruz Vermelha nos dois países participaram das negociações de três dias, realizadas no centro turístico da montanha Diamante, na Corea do Norte, e combinaram de realizar seis dias de reuniões temporárias, nas quais será permitida visitas de 200 famílias, a partir de 26 de setembro, segundo informou um comunicado conjunto. Os encontros, os primeiros em quase dois anos, serão realizados no mesmo centro turístico.
Milhões de famílias foram separadas pela Guerra da Coreia, encerrada com um cessar-fogo em 1953, ainda que nunca tenha havido um tratado de paz formal. Atualmente, é possível realizar telefonemas ou enviar e-mails entre os dois países. As negociações desta semana são os mais recentes sinais de melhoria na relação entre as nações rivais. O comunicado indicou também que o norte e o sul continuarão analisando assuntos como a reunificação familiar ou questões humanitárias.
A Coreia do Norte deu sinais de aproximação de Seul e dos Estados Unidos nas últimas semanas, após várias provocações, incluindo uma série de testes nucleares que resultaram em sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o regime do norte. No início do mês, Pyongyang liberou duas jornalistas norte-americanas e um trabalhador sul-coreano depois de mais de quatro meses de detenção. A Coreia do Sul anunciou ainda que Pyongyang liberará quatro pescadores sul-coreanos detidos no mês passado. Eles haviam sido presos após entrarem, por acidente, nas águas do vizinho do norte
Pyongyang prometeu retomar alguns projetos conjuntos, como as reuniões familiares, paralisadas desde a chegada do poder do governo conservador em Seul, há quase um ano e meio. Na sexta-feira da semana passada, uma delegação da Coreia do Norte foi enviada a Seul para expressar condolências pela morte do ex-presidente Kim Dae-jung. Ao mesmo tempo, a Coreia do Norte convidou altos funcionários dos EUA para o que poderiam ser as primeiras negociações sobre seu programa nuclear desde a posse de Barack Obama, em janeiro.
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