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A Coréia do Sul e a Coréia do Norte prometeram nesta segunda-feira não perder mais sua terra natal e em conjunto comemoraram o 60º aniversário da libertação do colonialismo japonês com música, discursos e mensagens em vídeos entre os dois países. Para marcar o fim da Segunda Guerra Mundial, as Coréias lançaram um link em vídeo permitindo que famílias separadas pela Guerra Coreana de 1950-53 façam contato pela primeira vez desde então.

Em contraste com declarações feitas há um ano que provocaram tensão diplomática com o Japão, com um apelo por verdadeiro arrependimento, o presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun fez um discurso voltado para a reconciliação nacional e a necessidade de reformas eleitorais. Ele evitou pedidos diretos ao Japão para compensar seu passado militarista.

"Demos uma nova aspiração à História, que é pôr fim à divisão e abrir uma nova era de integração nacional. Isto abrirá caminho para superar a divisão com uma unificação pela paz e prosperidade", disse o presidente para uma multidão em um palco no fim da principal rua de Seul, onde o governo colonial do Japão tinha sua administração há seis décadas.

Uma delegação com 182 autoridades norte-coreanas, representantes civis e atletas viajou para Seul no sábado. Eles não compareceram ao evento onde Roh discursou, mas em uma outra cerimônia separada no local onde funcionava uma prisão usada pelo Japão colonialista para punir combatentes independentes durante a ocupação entre 1910-1945. Representantes civis de ambas Coréias exigiram que Tóquio renuncie o militarismo e pague compensações pelas atrocidades que cometeu.

"O governo japonês e políticos devem parar com o embelezamento e culto aos criminosos de guerra e se arrepender e se desculpar pelo passado de agressão e atos criminoso", disseram em um comunicado em conjunto. Apesar de não ter sido mencionado pelo nome, foi uma clara referência ao santuário Yasukuni, em Tóquio, onde criminosos de guerra são homenageado juntamente com os 2,5 milhões de militares mortos desde o fim do século 19.

"Devemos avançar na reconciliação e cooperação entre o Sul e o Norte assim os militaristas não terão permissão para se rearmar e levar vantagem de nossa divisão", acrescenta o comunicado.

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