As Coreias do Norte e do Sul falaram separadamente na segunda-feira ao Conselho de Segurança da ONU a respeito do naufrágio de uma corveta sul-coreana, em março, que elevou o grau de tensão entre os dois países vizinhos.

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Seul, que acusa a Coreia do Norte de ter atacado a corveta Cheonan em 26 de março, matando 46 militares, levou a disputa ao Conselho de Segurança neste mês, pedindo que os 15 membros ajam para evitar uma "provocação maior".

A Coreia do Norte, que nega responsabilidade pelo ataque e acusa o Sul de ter inventado o ataque, pediu ao México, que preside o Conselho neste mês, por uma sessão separada e foi atendida, disse um porta-voz da delegação mexicana na ONU.

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Diplomatas disseram que o Conselho não deve tomar nenhuma decisão com base nas reuniões.

A Coreia do Sul foi a primeira. Autoridades civis e militares fizeram uma apresentação técnica e detalhada na reunião a portas fechadas, que foi seguida por uma sessão de perguntas e respostas, informaram diplomatas que participaram do encontro, que durou duas horas.

Antes da apresentação de seu país, um alto enviado norte-coreano disse a repórteres que Pyongyang rejeita a acusação do Sul.

"Não temos nada a ver com isso. Somos apenas uma vítima. Então queremos deixar nossa posição bem clara aqui", disse o vice-embaixador Pak Tok-hun. Ele acrescentou que o embaixador, Sin Son-ho, dará mais detalhes em uma rara coletiva de imprensa na ONU na terça-feira.

O crescente antagonismo entre as Coreias assusta os investidores, temerosos de um conflito armado na região. Muitos analistas, no entanto, duvidam que ocorra uma guerra, apesar das frequentes ameaças do Norte nesse sentido. Eles veem, no entanto, a possibilidade de novas escaramuças perto das fronteiras naval e terrestre.

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A Coreia do Sul acusou a Coreia do Norte de violar o espírito de uma histórica declaração conjunta adotada há dez anos pelos dois governos, prometendo a paz. Mas, após um período de reaproximação, as relações voltaram a ficar ruins sob o governo do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, que cortou a ajuda ao miserável Norte ao tomar posse, em 2008, como forma de pressionar Pyongyang a abandonar seu programa nuclear. A medida irritou o regime comunista norte-coreano.

O ministério sul-coreano da Unificação disse que o Norte precisa admitir seu envolvimento no incidente naval e pedir desculpas, caso deseje a retomada das relações.

A Coreia do Norte diz que as acusações são parte de uma conspiração comandada pelos EUA.