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Encontro das Coréias: apesar de serem tomadas precauções como a escolha de um local em área desmilitarizada, os resultados não foram os esperados | Jin Sung-chul/Yonhap/Reuters
Encontro das Coréias: apesar de serem tomadas precauções como a escolha de um local em área desmilitarizada, os resultados não foram os esperados| Foto: Jin Sung-chul/Yonhap/Reuters

Panmunjom - A reunião entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul, que tinha como objetivo reaproximar os dois países, terminou sem progressos. O encontro entre os representantes militares durou menos de duas horas e houve troca de farpas depois da reunião, a primeira em oito meses.

O fracasso foi anunciado pelo negociador sul-coreano, Lee Sang-cheol. Ele mencionou a insatisfação da Coréia do Norte com folhetos críticos ao regime comunista e ao líder comunista Kim Jong-il distribuídos por ativistas sul-coreanos na fronteira.

Em 2004, os países assinaram um acordo para acabar oficialmente com décadas de contrapropaganda. Desertores norte-coreanos, no entanto, continuam enviando panfletos e balões da Coréia do Sul com críticas ao regime comunista.

A reunião aconteceu em Panmunjom, uma zona desmilitarizada na fronteira entre as duas Coréias e foi a primeira desde que o presidente Lee Myung-bak assumiu a Presidência da Coréia do Sul em fevereiro.

De perfil conservador, Lee disse logo depois da posse que iria endurecer o diálogo com a Coréia do Norte, principalmente para que cumprisse o acordo de desnuclearização firmado também com a Rússia, Estados Unidos e Japão em 2003.

A mensagem não foi bem recebida pela Coréia do Norte, que suspendeu as negociações de reconciliação. Depois da reunião, o jornal oficial da Coréia do Norte "Minju Joson’’ chamou Lee de "desprezível escória humana em que ninguém pode confiar ou lidar’’. Na reunião, o processo de desnuclearização nem chegou a ser mencionado, segundo o negociador sul-coreano.

Complexo nuclear

O rompimento do diálogo entre os países acontece em um momento em que a Coréia do Sul e os EUA tentam dissuadir a Coréia do Norte de reativar seu complexo nuclear. O enviado norte-americano para negociar com o país, Christopher Hill, estendeu sua permanência para negociar com Kim Kye Gwan, responsável pelo programa nuclear da Coréia do Norte.

No complexo nuclear de Yongbyon, o regime comunista retirou na semana passada cerca de cem lacres das Nações Unidas para retomar a produção de plutônio, material essencial na fabricação de bombas atômicas, após acusar os EUA de não cumprir compromissos de tirar o país da lista de nações terroristas.

O negociador sul-coreano, Kim Sook, insistiu também na necessidade de estabelecer um regime de verificação e que isso permita oferecer contrapartidas à Coréia do Norte.

O objetivo dos EUA e da Coréia do Sul é retomar as negociações multilaterais, estagnadas há meses. As duas Coréias, China, Japão e Rússia mantêm desde 2003 negociações para a desnuclearização da Coréia do Norte.

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