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A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado| Foto: EFE/MIGUEL GUTIERREZ

A líder opositora ao regime de Nicolás Maduro, María Corina Machado, descartou nesta quinta-feira (7) a possibilidade de que outra pessoa seja escolhida para substituí-la como candidata a presidente da Venezuela nas eleições do dia 28 de julho, nas quais ela não poderá concorrer devido a sua inabilitação política, que a oposição considera inconstitucional.

"Aqueles de vocês que estão falando de um substituto, tenho uma surpresa para vocês. Sim, aqui há uma substituta, aquela que substituirá (o presidente venezuelano) Nicolás Maduro, que sou eu", disse a ex-congressista diante de dezenas de apoiadores no estado de Barinas, no oeste do país.

Ela declarou que fará valer o "mandato" que recebeu em 22 de outubro do ano passado, quando foi escolhida como candidata da principal coalizão de oposição, a Plataforma Democrática Unida (PUD), em uma eleição primária em que venceu com 92,35% dos votos.

"Não vamos aceitar imposições, arbitrariedades ou farsas, defendemos nosso direito de escolher e eleger a pessoa que o povo decidiu", afirmou.

Sem mencionar ninguém diretamente, Machado disse que há pessoas que querem fazer o "jogo do regime" e escolher um substituto (para ela), uma ideia já mencionada na última terça-feira (5) pelo duas vezes candidato à presidência Henrique Capriles, também inabilitado politicamente por Maduro, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a data das eleições.

De acordo com o calendário estabelecido, as organizações políticas devem apresentar seus candidatos entre 21 e 25 de março, o que dá à oposição duas semanas para decidir como proceder neste caso.

Do lado do regime, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de Maduro, abriu um processo de consulta que culminará em 15 de março com o anúncio de seu candidato, posição que - de acordo com os líderes do partido - deverá ser ocupada novamente pelo ditador venezuelano, que tentará se perpetuar no poder por meio de um terceiro mandato.

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