Cinemas dos Estados Unidos proibiram o uso de máscaras e fantasias durante exibições do filme "Coringa", que estreia na semana que vem no país, por preocupação com a temática violenta da obra. As famílias das vítimas de um tiroteio em um cinema de Aurora, Colorado, em 2012, também haviam expressado preocupação em uma carta à Warner Bros., o estúdio que produziu a película.
A rede de cinemas Landmark Theater disse à Reuters que "máscaras, rostos pintados ou fantasias" não serão permitidos nas salas de cinema. Já a rede AMC Theaters, a maior dos EUA, disse em comunicado que não permitirá a entrada de pessoas com o rosto encoberto, mas fantasias estão permitidas.
O filme estrelado por Joaquin Phoenix foi elogiado e criticado pela representação de um palhaço fracassado que se torna um assassino. Alguns veem o filme como uma análise das forças que podem levar uma pessoa a cometer tais atrocidades; outros dizem que a obra glorifica a violência em massa que tem se tornado cada vez mais comum atualmente.
Em 18 de setembro, uma base militar dos EUA em Oklahoma alertou os seus funcionários sobre ameaças que foram feitas online contra um cinema não especificado durante a estreia de "Coringa". Um porta-voz do exército americano afirmou que não há "uma ameaça específica e verossímil", acrescentando que foram enviados
No massacre de Aurora em 2012, um atirador deixou 12 pessoas mortas e 70 feridas durante uma exibição do filme "Batman - O Cavaleiro das Trevas". A carta enviada por famílias afetadas pelo tiroteio de Aurora à Warner Bros. pedia que o estúdio parasse de apoiar candidatos que aceitam dinheiro da Associação Nacional de Rifles e apoiasse a reforma na legislação sobre armas.
Em resposta, o estúdio estendeu sua simpatia às vítimas de violência armada e disse que recentemente aderiu ao pedido de reforma na legislação americana de armas, um esforço dos dois partidos. Mas eles também afirmaram que o filme "Coringa" não era de forma alguma um "endosso de qualquer tipo de violência no mundo real".
"A Warner Bros. acredita que uma das funções da narrativa é provocar debates difíceis sobre questões complexas", disse o estúdio em comunicado. "Não é a intenção do filme, dos cineastas ou do estúdio mostrar esse personagem como um herói".
O ator principal do filme, Phoenix, se irritou com as alegações de que o filme poderia ser perigoso. Ele abandonou uma entrevista ao Telegraph na semana passada, quando um repórter perguntou a ele sobre críticas ao tom do filme.
"Não acho que seja responsabilidade dos cineastas ensinar moralidade", disse Phoenix depois à Associated Press. "E se você não sabe a diferença entre certo e errado, há todo tipo de coisas que você vai interpretar da maneira que deseja".
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; acompanhe o Entrelinhas
Policial federal preso diz que foi cooptado por agente da cúpula da Abin para espionar Lula
Rússia lança pela 1ª vez míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia
Deixe sua opinião