Em documento assinado pelos chefes dos serviços médicos da Inglaterra, do País de Gales, da Escócia e da Irlanda do Norte, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido afirma que os riscos para crianças e seus familiares decorrentes da reabertura das escolas em meio à pandemia de coronavírus é pequeno, e menor do que os problemas educacionais causados pelo fechamento dos estabelecimentos.
"Muito poucos, se algum, crianças ou adolescentes terão problemas a longo prazo decorrentes da Covid-19 apenas por voltar à escola. Isso deve ser comparado à certeza de danos a longo prazo a muitas crianças e jovens por não irem à escola", afirma o texto.
A argumentação é de que crianças em idade pré-escolar têm menores chances de contrair a doença, são menos internadas por causa dela e estatisticamente têm quadros menos graves do que pessoas mais velhas.
Ainda de acordo com o documento, que cita dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês), professores e funcionários das escolas o mesmo risco de contágio que trabalhadores de outras atividades. Para os pais de alunos, o risco de é mais baixo do que o de transmissão por outros adultos.
Neste domingo, o Reino Unido registrou 1.041 novos casos da covid desde ontem, elevando o total a 325.642. Foram 6 novas mortes, e o total chega a 41.429.
Na Itália, que pretende reabrir escolas nas próximas semanas, o governo da Sicília ordenou que todas as casas para migrantes na ilha sejam fechadas até amanhã. Entretanto, embora alguns migrantes tenham testado positivo para o vírus, a maior parte da recente alta de casos veio de viajantes retornando de resorts no Mar Mediterrâneo e da Sardenha. A Itália tem 258.136 casos confirmados até hoje. A alta registrada ontem, de 1.071 casos, foi a maior desde meados de maio.
Nos Estados Unidos, o Estado da Flórida ultrapassou a marca de 600 mil casos da doença ao reportar 2.974 novas confirmações. Apesar de chegar a 600.571 mil casos, a região teve um dos dias com o menor número de novos casos em dois meses. O número de pacientes internados com a doença, que chegou a mais de 9,5 mil em 23 de julho, caiu para 4.578 neste domingo.
No Peru, a fuga coletiva após a chegada da polícia a uma casa noturna que funcionava irregularmente deixou ao menos 13 mortos, de acordo com as autoridades. A discoteca Thomas, em Lima, recebia cerca de 120 pessoas para uma festa na noite de sábado, mesmo com o funcionamento deste tipo de estabelecimento proibido pelo governo desde março por causa da pandemia.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o Peru está atrás apenas do Brasil na América Latina em número de casos confirmados, com 576.067. As confirmações diárias dobraram nas últimas semanas, para mais de 9 mil, após a redução de algumas medidas de quarentena.
Nova onda do coronavírus causa preocupação na Ásia, Oceania e Europa
A situação do coronavírus na Ásia e na Oceania continua a mostrar países em diferentes estágios. Na China, primeiro epicentro da pandemia no mundo, a Comissão Nacional de Saúde reportou neste domingo 12 novos casos da doença, todos eles importados, e nenhuma morte. Já na vizinha Coreia do Sul, foram 397 novos casos nas últimas 24 horas. Foi o terceiro dia seguido com mais de 300 novos casos confirmados, a maior parte deles na região da capital, Seul.
Com a segunda onda de infecções no país asiático, as autoridades sul-coreanas proibiram grandes aglomerações, fecharam focos da vida noturna, praias e igrejas, e proibiu plateias nas competições esportivas. Embora a região de Seul seja a mais afetada, a pandemia está se espalhando para outras grandes cidades do país, como Busan e Daegu, que havia controlado a situação em abril com uma massiva testagem da população e o rastreamento de pessoas contaminadas.
Na Índia, as autoridades de saúde reportaram 69.239 novos casos da covid-19 e 912 mortes em decorrência da doença neste domingo. Com isso, o país chegou a 3,044 milhões de casos, e liderou o número de novas infecções no mundo com a difusão do novo coronavírus em suas áreas rurais e também na região Sul do país, que tem uma população de maior renda, mas também mais velha.
Já na Austrália, o estado de Victoria teve mais de 200 novos casos pela primeira vez em três dias, com 208 novas infecções, e 17 novas mortes, elevando o total estadual a 415. O governo da região tem conduzido testes massivos na população e orientado que os habitantes continuem usando máscaras em público. A expectativa é que as medidas de quarentena em vigor no local sejam retiradas no próximo mês.
Na Europa, onde também há preocupações com uma nova onda de infecções pelo vírus, a Áustria restringiu o tráfego em sua fronteira Sul após a imposição de medidas de segurança a todos os visitantes do país. De acordo com a Austria Press Agency, a polícia restringiu a entrada por 12 horas em meio ao retorno de viajantes que estavam na Croácia e na Eslovênia. O aumento de casos no país tem sido atribuído a este movimento de retorno.
Em todo o mundo, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, são 23,235 milhões de casos confirmados da Covid-19, e 805.176 mortes. Nos dois parâmetros, os Estados Unidos e o Brasil seguem sendo os países mais afetados pela pandemia.
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