O coronavírus já infectou mais de 160 mil pessoas e causou cerca de 6,6 mil mortes ao redor do mundo. Em meio a essa crise, é natural que imprensa e população estejam com praticamente todos os olhos voltados ao assunto. As notícias, contudo, não param. Confira cinco histórias que passaram batidas enquanto o foco do noticiário era a Covid-19.
Coalizão liderada pelos EUA se retira de bases no Iraque
A coalizão liderada pelos Estados Unidos no Iraque anunciou que está se retirando de algumas pequenas bases militares no país. Segundo a organização, o reposicionamento ocorre devido ao “sucesso das forças de segurança iraquianas em sua luta contra o Estados Islâmico”. Apesar disso, a coalizão não tem planos de abandonar o país completamente.
A decisão não estaria ligada aos recentes ataques contra bases norte-americanas no Iraque. Na semana passada ataques com foguetes deixaram três mortos - dois militares americanos e um britânico - e uma dúzia de feridos em uma base norte-americana ao Norte de Bagdá. Já na segunda-feira (16) dois mísseis atingiram uma base de treinamentos ao Sul da capital, onde estão militares da Otan e tropas da coalizão lideradas pelos EUA, de acordo com as Forças Armadas do Iraque.
China versus imprensa estrangeira
O Ministério das Relações Exteriores chinês anunciou nesta terça-feira (17) que vai retirar as credenciais de jornalistas dos veículos norte-americanos New York Times, Washington Post e Wall Street Journal que trabalham no país. A medida seria uma resposta à recente decisão da Casa Branca de reduzir o número de jornalistas chineses que trabalham nos EUA para estatais de comunicação da China, como Xinhua, CGTN, China Radio, China Daily e People’s Daily.
O governo chinês disse que a partir de agora vai considerar esses veículos americanos, além da Time e da Voice of America, “missões estrangeiras”. Isso significa que será necessário apresentar às autoridades da China documentos sobre pessoal, finanças, operações e informações imobiliárias no país.
Primárias das eleições dos EUA
Os Estados Unidos já registraram mais de 5,1 mil casos e 100 mortes causadas pelo novo coronavírus. Apesar disso, três estados realizam prévias das eleições presidenciais nesta terça-feira (17). Seriam quatro se o governador de Ohio, Mike DeWine, não tivesse anunciado o adiamento do evento poucas horas antes da abertura dos locais de votação, alegando “emergência sanitária”. Os eleitores foram às urnas no Arizona, Illinois e Flórida. O presidente Donald Trump conseguiu a quantidade de delegados necessários e será o candidato republicano das eleições de novembro. Da lado democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden ampliou sua vantagem sobre Bernie Sanders, deixando a candidatura do senador à beira de um precipício.
Os estados da Louisiana, Georgia e Kentucky, com primárias previstas para o fim de março e início de abril, adiaram as primárias para maio e junho. Além dos adiamentos na votação, a pandemia do coronavírus também levou à realização de comícios online e debates sem a presença do público.
Novo governo de Israel
Coube ao líder do partido Azul e Branco de Israel, Benny Gantz, a tarefa de compor um novo governo para o país. Ele é o principal opositor de Benjamin Netanyahu, atual primeiro-ministro israelense, no poder há mais de 10 anos. Gantz vai ter 28 dias para formar uma ampla coalizão no Parlamento de Israel, o Knesset. O convite foi oficializado pelo presidente do país, Reuven Rivlin, após 61 dos 120 parlamentares expressarem apoio a Gantz. Ainda não está claro, contudo, se ele conseguirá formar maioria.
No começo do mês, Netanyahu chegou a declarar vitória após o resultado das eleições no país, a terceira em menos de um ano. Israel não tem uma coalizão definida há quase um ano, já que nas eleições realizadas até então nenhum partido conseguiu obter maioria para organizar uma coalizão.
A imagem de Netanyahu está bastante desgastada porque o primeiro-ministro enfrenta acusações de fraude e quebra de confiança. Ele teria aceitado subornos de magnatas do setor de comunicação, incluindo presentes caros e cobertura noticiosa favorável à sua gestão, em troca de favores governamentais.
Tiroteio em massa no interior dos EUA
Um ataque a tiros com vítimas fatais foi registrado nos Estados Unidos na noite de domingo (15). Enquanto dirigia, um homem efetuou disparos a esmo na cidade de Springfield, no estado de Missouri, que fica na região conhecida como o meio-oeste americano. O atirador acabou batendo em uma loja de conveniência, onde entrou, abriu fogo e deixou cinco mortos - ele próprio, um funcionário da loja, dois clientes e um policial.
A motivação para o crime ainda é incerta, afirmou a polícia. O policial morto em ação, Christopher Walsh, 32 anos, era veterano das Forças Armadas dos EUA e foi baleado enquanto tentava socorrer uma vítima.