O corpo do brasileiro Ego Esterling, encontrado morto na Argentina no último domingo (2), pode ser liberado para retornar ao Brasil ainda nesta terça-feira (4), informou o consulado brasileiro em Mendoza ao G1, por telefone. Enquanto isso, a polícia pediu a prisão de um suspeito.

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Esterling foi encontrado na casa da argentina Laura Lorena Ginar, na madrugada de domingo (2), no distrito argentino de Villa Nueva, município de Guaymallén, na província de Mendoza. Ele foi assassinado a pancadas, de forma "selvagem", segundo definiram fontes policiais. Laura também foi assassinada, a golpes e com um tiro na cabeça.

De acordo com as autoridades do país, Esterling era um empresário dedicado ao setor de exportações de alho, um dos principais produtos da região.

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A mulher de Esterling, uma brasileira, e seu sobrinho estão na Argentina para cuidar da liberação do corpo. Eles pediram para não dar entrevistas.

A polícia trabalha com as hipóteses de crime passional, vingança ou tentativa de roubo, segundo o chefe de investigações da polícia de Guaymallén, Juan Carlos Caleri, contou ao G1 por telefone.

Ele também informou que a polícia pediu, nesta terça-feira (4), a prisão de um caseiro do galpão do qual Laura era dona. Ele se transformou em suspeito porque teria estado "desaparecido dos lugares que costuma freqüentar", declarou Caleri.

"Pode ser um crime derivado de algum conflito com um empregado, ou pode ser que ele (Esterling) levasse consigo alguma quantidade de dinheiro vivo", informou o policial.

Ambos corpos foram descobertos pelo filho de Laura, de três anos. O menino avisou seus avós maternos, que moram na casa vizinha. Segundo informações extra-oficiais obtidas pela Agência Estado, tanto Esterling, de 40 anos, quanto Laura, de 28, teriam tentado resistir, já que existem sinais de violência no quarto de dormir, onde os dois corpos foram localizados pela polícia. No entanto, os pais da jovem nada ouviram da casa ao lado. Tampouco está clara qual a relação entre as duas vítimas, ainda que as suposições iniciais fossem que eles eram namorados.

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Como não há sinal de arrombamento na casa, é provável que o assassino - ou os assassinos - fosse um conhecido dos dois, disse Caleri ao G1. O dinheiro e as jóias que estavam dentro da ampla casa não foram levados, nem sequer os celulares do casal.

A hipótese de crime passional também é investigada. O ex-marido de Laura - e pai do menino - passou pela casa no domingo à tarde, alegando que foi avisado por telefone do crime.

Aparentemente Esterling não morava na Argentina, já que a placa de seu carro era do Brasil, segundo a imprensa local. Ele seria de Porto Xavier, no Rio Grande do Sul. A polícia informou que não entrou em contato direto com sua família.

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