Uma aeronave militar belga começou a levar de volta para casa nesta sexta-feira os corpos de 22 crianças e seis adultos mortos em um acidente de ônibus na Suíça, enquanto o país se prepara para lembrar as vítimas com um minuto de silêncio.
Caixões brancos foram colocados no avião Hércules, perto da cidade suíça de Sion. A polícia continuava investigando como o ônibus, que transportava 52 passageiros, colidiu com a parede de um túnel na noite de terça-feira.
A Bélgica mantém um dia de luto para lembrar as vítimas, a maioria delas de 12 anos, que estavam retornando de uma viagem de esquí para as cidades belgas de Heverlee e Lommel.
O país fará um minuto de silêncio nesta manhã e as igrejas e catedrais planejavam tocar os sinos por vários minutos após o silêncio. As estações de rádio mudaram suas programações musicais para refletir sobre o momento sombrio na Bélgica.
Bandeiras foram hasteadas a meio mastro nos edifícios públicos em toda a Bélgica, a Holanda e o cantão suíço de Valais, onde aconteceu o acidente.
Seis crianças holandesas foram mortas no acidente e outras quatro ficaram feridas. Fontes oficiais britânicas disseram que um dos mortos era uma criança de 11 anos com dupla nacionalidade belga-britânica.
Autoridades suíças faziam uma autópsia nos corpos dos motoristas do ônibus para verificar se isso poderia fornecer pistas para a causa do acidente.
Alguns meios de comunicação belgas e suíços informaram que o motorista estava ocupado colocando um DVD pouco antes do acidente, dizendo que isso foi o que alguns sobreviventes contaram aos seus pais, mas um promotor suíço está em dúvida quanto à teoria.
Christian Varone, chefe da polícia do cantão suíço de Valais, onde aconteceu a colisão, afirmou que há muitas explicações possíveis para o acidente e que a polícia levará em conta as declarações das crianças.
Seis crianças que sobreviveram à colisão com ferimentos leves voltaram para casa na quinta-feira, disseram as autoridades belgas. Um porta-voz do hospital suíço disse que outras duas também estavam a caminho de casa, deixando 16 ainda no hospital, incluindo três em estado crítico.
Na noite de quinta-feira, cerca de 2.500 pessoas participaram de uma vigília em torno da igreja de São José em Lommel, a pequena cidade perto da fronteira holandesa de onde eram 17 dos mortos, sendo 15 crianças e dois funcionários da escola.
O luto nacional nesta sexta-feira na Bélgica é o primeiro do país desde 2004, quando belgas lembraram as 24 pessoas mortas em uma explosão de gás perto da cidade de Ghislenghien.