Os corpos dos 16 militares que morreram no Haiti, em decorrência do forte terremoto que aconteceu no local no último dia 12, chegarão ao Brasil na próxima quarta-feira (20), informou nesta segunda-feira (18) o comandante do Exército, Enzo Martins Peri.
Segundo ele, os corpos chegarão em Brasília, onde haverá "honras fúnebres" aos militares vitimados pelo terremoto.
Mais cedo nesta segunda-feira, o Comando do Exército informou que foi identificado o corpo do tenente-coronel Marcus Vinicius Macêdo Cysneiros, que se encontrava desaparecido na cidade de Porto Príncipe. Outos dois militares brasileiros ainda são considerados como desaparecidos.
Segundo o Exército, o tenente-coronel Cysneiros desempenhava no Haiti as funções de observador militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, a Minustah.
Com isso, sobe para 18 o número de brasileiros mortos na tragédia. Além dos 16 militares, também foram vitimados o diplomata Luiz Carlos da Costa, que ocupava o segundo cargo mais importante da ONU no Haiti, e a médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
O terremoto no Haiti deixou um número ainda não determinado de mortos, na cada de dezenas de milhares, e arrasou a infraestrutura da capital, Porto Príncipe, deixando 10% do prédios destruídos e milhares de desabrigados.
A situação humanitária na cidade é grave, e o mundo tenta acelerar a ajuda humanitária ao país para evitar o colapso. Falta água e comida, os mortos são enterrados em valas comuns.
O governo local já relatou saques, episódios de violência e a volta à ação de gangues armadas.
Saúde dos militares feridos
O Comando do Exército também informou neste domingo que os 16 militares feridos provenientes do Haiti permanecem internados no Hospital Geral de São Paulo. "O quadro clínico de todos é bom e estável, alguns inclusive com condições de alta hospitalar", informou o Exército.
De acordo com a instituição, todos militares permanecerão internados até o término do período de quarentena, para a realização de "exames complementares previstos para os militares que participam da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH)".
"Nenhum militar necessitou transferência para a Unidade de Terapia Intensiva. A maioria apresenta pequenas lesões sem gravidade (fraturas, entorses e escoriações) e todos estão recebendo cuidados de equipe multidisciplinar, visando um período de recuperação mais curto", concluiu o Exército, por meio de nota à imprensa.