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Em seu programa de rádio de hoje, o presidente do Equador, Rafael Correa, descartou um problema comercial com o Brasil após a expulsão da construtora brasileira Odebrecht do país. Correa também comentou as declarações feitas esta semana pelo ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, de que o não pagamento da dívida que o Equador possui com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acabaria com as relações comerciais entre os dois países.

Recentemente, Correa afirmou que pensa em não pagar o crédito de US$ 200 milhões concedido pelo BNDES para a construção da hidrelétrica de São Francisco. O presidente equatoriano garantiu em seu programa de rádio que está "em contato com o Brasil e que o embaixador brasileiro informou que suas declarações foram tiradas de contexto".

Correa afirmou que, mesmo se as declarações fossem verdadeiras e houvesse um problema nas relações comerciais entre os dois países, o beneficiado seria o Equador. "Exportamos US$ 40 milhões ao ano para o Brasil e importamos US$ 800 milhões", destacou. "Se fosse comércio zero, o mais prejudicado seria o Brasil, mas estou seguro de que essas questões serão resolvidas".

O presidente do Equador reiterou que o problema com a construtora Odebrecht se deu "entre um Estado soberano e uma empresa privada que descumpriu seu contrato". "Se tivesse sido uma empresa colombiana, venezuelana, peruana, teríamos feito o mesmo", acrescentou.

A polêmica com a empresa brasileira começou após uma falha em uma central hidrelétrica que havia sido construída pela Odebrecht. As tentativas de negociação não deram resultado e o governo do Equador decretou a expulsão da construtora e de seus diretores do país.

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