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O presidente do Equador, Rafael Correa, teve uma vitória esmagadora neste domingo em um plebiscito que poderá conferir poderes para controlar o Congresso considerado corrupto no país instável. Com 11% dos votos apurados, 83% dos eleitores apoiaram a criação de uma assembléia para reescrever a Constituição.

Correa, que mantém enorme popularidade desde que assumiu o poder, em janeiro, confrontando a tradicional elite política, quer que o novo organismo retire poderes do Congresso visto como um instrumento de interesses em firmas estatais e no judiciário.

Em declarações feitas antes do resultado, Correa previu vitória.

- Esta é uma vitória para o povo, para a democracia e para o nosso país - disse ele, cercado por centenas de simpatizantes e por seus seguranças.

Correa, que assustou investidores estrangeiros com ameaças de parar de pagar dívidas, apostou sua carreira política na votação, prometendo renunciar se não ganhasse com ampla maioria.

- A idéia da assembléia me dá esperança por meus filhos e netos. Eu quero mudança - disse Nelly Deprocel, 65 anos, que votou em Quito.

O Equador, maior exportador mundial de banana, teve oito presidentes em uma década, e três deles foram derrubados em distúrbios populares ou do Congresso.

Correa está adotando uma tática similar à usada por outros presidentes esquerdistas da região: Chávez e o boliviano Evo Morales, que também convocaram referendos logo depois que assumiram o cargo para enfraquecer os partidos tradicionais.

Em evento na Venezuela com Morales ao seu lado, Chávez condenou a "terrível instabilidade" do Equador, declarando: "Todos temos que apoiar uma vitória de Correa".

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