O correspondente Anthony Shadid do "The New York Times", que ganhou duas vezes o prestigiado Prêmio Pulitzer por sua cobertura do Iraque e esteve detido na Líbia por quase uma semana no ano passado, morreu na quinta-feira (17) no leste da Síria enquanto trabalhava como repórter.
A causa da morte foi aparentemente um ataque de asma, disse o "Times". O fotógrafo do jornal Tyler Hicks estava com ele e levou seu corpo para a Turquia, acrescentou. Os dois teriam entrado na Síria secretamente há uma semana, e nos últimos dias Shadid teria sofrido ataques alérgicos por causa do pelo dos cavalos usados para cruzar a fronteira síria.
Segundo o jornal americano, Hicks tentou fazer massagem cardíaca por 30 minutos no amigo, mas não teve sucesso. Os dois faziam uma reportagem sobre a resistência síria.
Shadid, um americano de ascendência libanesa de 43 anos, tinha uma esposa e duas filhas. Ele já havia trabalhado para a agência de notícias Associated Press e para os jornais "The Washington Post" e "The Boston Globe".
O correspondente cobriu por 20 anos os acontecimentos no Oriente Médio e ganhou o Prêmio Pulitzer de reportagem internacional em 2004 e 2010 por seu trabalho no Iraque. No ano passado, ele foi um dos quatro jornalistas detidos durante seis dias por forças leais a Muamar Kadafi na Líbia em março de 2011.
O pai de Anthony Shadid, Buddy Shadid, disse que o filho teve asma a vida toda e levava sempre os remédios.
"Mas ele caminhou em direção à fronteira porque era muito perigoso para andar no carro. Ele estava andando atrás de um cavalo, e é mais alérgico a este animal do que a qualquer outra coisa. Então teve um ataque de asma", contou o pai do repórter.
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