A corrupção está "gravemente disseminada" na maioria dos países da América Latina como reflexo de instituições fracas, práticas de governabilidade deficientes e ingerência excessiva de interesses privados, divulgou ontem a Transparência Internacional. No Índice de Percepção da Corrupção 2009, o organismo disse que dos 31 países americanos incluídos, dez tiveram uma pontuação superior a cinco, enquanto os outros 21 receberam nota abaixo desta média, "o que demonstra um sério problema de corrupção".
Modesto
Entre os países que não superaram a pontuação média estão Brasil (3,7 pontos), Colômbia (3,7), Peru (3,7) e México (3,3), que têm algumas das maiores economias da região e "foram abalados por escândalos sobre impunidade, pagamentos irregulares e corrupção política".
O Brasil subiu cinco posições no ranking da organização Transparência Internacional e agora ocupa o 75.º lugar, um posto modesto mesmo entre os vários países da América Latina. Mesmo assim, o Brasil é o que obtém a melhor colocação entre os chamados Bric, formado ainda por Rússia, Índia e China.
O destaque negativo do continente é a Venezuela, apontada como um dos países mais corruptos do mundo, na 162.ª posição entre 180 países. O Haiti é o número 168.
Já os EUA caíram uma posição, de 18.º para 19.º, sobretudo devido à percepção de corrupção no setor financeiro, que deu origem à mais grave crise econômica global em oito décadas.