Santiago - A Suprema Corte do Chile confirmou ontem a ilegalidade dos cartões de controle para o ingresso de pessoas à Ilha de Páscoa, possessão chilena no Oceano Pacífico, também conhecida como Rapanui.
Desde setembro, o governo estava obrigando os visitantes do local a preencher um cartão com vários dados, inclusive pessoais. A medida foi tomada por causa das exigências dos habitantes da ilha, que reclamavam do ingresso indiscriminado de "pessoas do continente" ao local e bloquearam o aeroporto da ilha por três dias.
A decisão foi qualificada pela corte de Apelações de Santiago e ratificada anteontem pela Suprema Corte como "ilegal e arbitrária" por coibir a liberdade de movimentação das pessoas.
Rapanui, localizada a 3.800 quilômetros de Santiago, é considerada um grande museu ao ar livre por suas centenas de moais, ou estátuas de pedra erguidas por seus antigos habitantes. Sua população é de cerca de 4.800 pessoas.
No mês passado, os habitantes da ilha reclamaram do aumento da delinquência e de danos ao meio ambiente por causa do ingresso indiscriminado de pessoas de fora.
O subsecretário do Interior, Patricio Rosende, que visitou a ilha depois dos protestos, disse que o governo vai regular a permanência e a residência na ilha, mas que isso vai depender de uma reforma constitucional na qual "estamos trabalhando".