Em uma decisão anunciada neste sábado, a Suprema Corte da Venezuela rejeitou um dos seis protestos contra a eleição presidencial realizada em 14 de abril, da qual Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, saiu vencedor por uma margem estreita de votos: 1,49 ponto porcentual. O segundo colocado, Henrique Capriles, se recusou a reconhecer a vitória do rival.
O tribunal afirmou que o processo aberto pelos venezuelanos que vivem fora do país e alegavam fraude e interferência do governo não continha detalhes relevantes, era confuso e apresentava "julgamentos de valor sem a justificação exigida pela lei". Agora a corte precisa responder os protestos legais apresentados pela oposição unida que apoiou a candidatura de Capriles.
Em seu primeiro caso, a oposição pede uma nova eleição argumentando que a anterior foi marcada por "subornos, violência e fraude". O segundo caso, baseado na legislação eleitoral, afirma que a eleição precisa ser realizada novamente em 5,7 mil postos de votação por causa de irregularidades. Esses postos representam 2,3 milhões de votos. Maduro oficialmente venceu Capriles por uma diferença de 224 mil votos.
Os outros casos que contestam os resultados da eleição foram abertos por organizações civis. A eleição deste ano foi realizada depois que Chávez, que governou o país desde 1999, morreu de câncer em 5 de março. Ele havia sido reeleito em outubro para um novo mandato que começaria em janeiro deste ano. As informações são da Dow Jones.