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Religião

Corte de Israel autoriza mulheres a realizar rituais no Muro das Lamentações

Após uma série de incidentes ocorridos nos últimos meses, uma corte israelense decidiu durante a semana que mulheres podem realizar os rituais no Muro das Lamentações vestindo xales de reza. Cinco mulheres haviam sido detidas neste mês, acusadas pela polícia de desrespeitar os costumes locais. Elas não devem mais responder pelo episódio, a não ser que as autoridades recorram contra a decisão do tribunal.

Afinal, a Corte do Distrito de Jerusalém decidiu que a detenção das cinco mulheres havia sido sem justificativa. "É uma grande vitória para nós", afirma Bonnie Ras, uma das integrantes do grupo Mulheres do Muro detidas durante um ritual.

"Mas não me surpreenderia se um grande número de ultraortodoxos fosse protestar no próximo rito. Houve episódios violentos no passado", diz, referindo-se à oposição contra a associação.

O grupo Mulheres do Muro realiza rituais em todo início de mês judaico no Muro das Lamentações, enfrentando forte oposição dos grupos mais conservadores do país.

Hoje, o monopólio dos rituais nesse lugar -o mais sagrado para o judaísmo- é dos judeus haredim (ultraortodoxos). As Mulheres do Muro batalham contra o que chamam de "ditadura" sobre as orações, pedindo direito de realizar ritos de acordo com suas próprias tradições.

Além dos xales de reza, os haredim se opõem ao uso de filactérios (amuleto judaico que carrega passagens bíblicas) por mulheres e também são contra a leitura da Torá em voz alta por elas.A polícia pedia que as cinco mulheres fossem temporariamente banidas do Muro das Lamentações, mas a corte não aceitou esse pedido.

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