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A Corte Nacional Eleitoral (CNE) da Bolívia confirmou na terça-feira que o Movimento ao Socialismo (MAS), do presidente Evo Morales, ganhou mais da metade dos assentos da assembléia constituinte que tomará posse a partir de 6 de agosto. Morales qualificou as eleições de 2 de julho como uma "reafirmação do apoio" ao seu governo e anunciou, durante uma visita a autoridades eleitorais, que o MAS buscará "consenso... para garantir a refundação da Bolívia em benefício das grandes maiorias nacionais".

O resultado final das eleições deu ao MAS 137 das 255 cadeiras da assembléia, ou 50,7%, deixando os governistas em necessidade de formar alianças para obter os dois terços de votos necessários para a aprovação de decisões no texto de uma nova Constituição.

- É verdade que todos queríamos ganhar com 90%se possível. Isso não vai acontecer, mas se ganhou com ampla maioria - sustentou o indígena Morales, eleito em dezembro com 53,7% dos votos, a maior margem desde que a Bolívia voltou à democracia em 1982.

Em um distante segundo posto, o maior partido opositor, a aliança direitista Poder Democrático e Social do ex-presidente Jorge Quiroga, viu baixar sua fatia eleitoral de 28,5% em dezembro para 15,3%, para ganhar 60 cadeiras constituintes.

A terceira maior força estará formada pelo Movimento Nacionalista Revolucionário, de centro, com 18 cadeiras, seguido pelo também centrista Unidade Nacional e o esquerdista Movimento Bolívia Livre, com 8 assentos.

As demais 24 cadeiras serão divididas entre nove partidos

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