A Corte Penal Internacional (CPI) anunciou nesta quarta-feira (27) que investigará as redes de apoio às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) existentes em outros países e organizações multilaterais.
O promotor da CPI, Luis Moreno Ocampo, disse que é necessário ter uma visão global que possa ajudar a registrar até que ponto há redes de apoio ao grupo guerrilheiro, que comete crimes na Colômbia e é classificado como "terrorista" pelos Estados Unidos e pela União Européia.
Ocampo explicou que antes de iniciar as investigações é necessário conhecer se já existem investigações em outros países.
"Isso é o que estamos fazendo em matéria de redes de apoio às Farc, tanto nos vizinhos da Colômbia, como em outros países da América Latina, na Europa, com a Interpol, com a OEA. Vamos pedir informação sobre outros temas, tentar ver como se combinam os esforços", explicou Ocampo a jornalistas.
O promotor acrescentou que entre as nações dispostas a colaborar com as investigações estão Venezuela e Equador, cujos presidentes mantiveram sérios enfrentamentos diplomáticos com o governo do presidente Alvaro Uribe, depois de uma incursão de tropas colombianas em território equatoriano em operação que resultou na morte do líder das Farc Raúl Reyes.
Ocampo usou como exemplo o caso de uma mulher presa na Espanha no final de julho, acusada de ser representante das Farc no país e de administrar fundos na Suíça para um membro da guerrilha.
O caso mais popular de colaboração com as Farc é o da Dinamarca, no qual um sindicato do país realizava doações em dinheiro aos rebeldes colombianos.
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