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Corte mantém punição a jornal do Equador

Defensores do presidente Rafael Correa queimam jornais em frente do Tribunal Nacional de Justiça | Rodrigo Buêndia/AFP
Defensores do presidente Rafael Correa queimam jornais em frente do Tribunal Nacional de Justiça (Foto: Rodrigo Buêndia/AFP)

O Tribunal Nacional de Justiça, a mais alta corte do Equador, ra­­tificou ontem uma decisão con­­tra o jornal El Universo, em ação movida no ano passado pelo presidente Rafael Correa. A decisão sentencia três executivos da em­­presa jornalística e um jornalista a três anos de prisão e a uma multa de US$ 40 milhões que deverá ser paga ao mandatário.

Várias organizações de defesa dos direitos humanos têm criticado as leis sobre difamação do Equador, porque elas conferem um poder enorme aos políticos para silenciar não apenas os ad­­versários como a imprensa. Ba­­seado na cidade de Guayaquil, El Universo é o maior jornal do país.

Em julho, um juiz condenou os irmãos César, Nicolas e Carlos Pérez, três executivos do jornal, e um ex-colunista a três anos de pri­­são e a uma multa de US$ 40 mi­­lhões em benefício de Correa.

A decisão foi ratificada por um tribunal de apelações do Equa­­dor em setembro, o que levou o jornal a entrar com recurso no Tribunal Nacional de Justiça. Após 15 horas de audiência, a Cor­­te rejeitou o apelo.

Editorial

A indenização foi exigida após o jornal, um dos maiores do Equa­­dor, publicar um editorial contrário ao presidente.

O texto afirmava que Correa "poderia ser acusado de crimes contra a hu­­manidade por ordenar disparos" a um hospital em Quito, onde fi­­cou cercado durante nove ho­­ras na rebelião policial de setembro de 2010.

Advogados do El Universo já in­­formaram que vão recorrer da decisão em cortes internacionais. "A sentença condenadora não quer dizer que o caso chegou ao fim. O caso do diário El Universo começa hoje, porque a partir de agora nós vamos entrar com um processo internacional, apresentado a juízes independentes", dis­­se a advogada Monica Vargas.

Já para o Correa o veredicto foi brilhante. "Nesse caso brilhou a verdade porque demonstramos que eles mentiram.

O poder mi­­diático persegue boas pessoas apenas porque não nos submetemos aos seus caprichos", afirmou o mandatário.

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