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Corte Suprema valida a Lei de Mídia argentina

Ex-assessor de Cristina, Sergio Massa beija a mulher ao se reeleger prefeito de Tigre, na província de Buenos Aires | Enrique Marcarian/Reuters
Ex-assessor de Cristina, Sergio Massa beija a mulher ao se reeleger prefeito de Tigre, na província de Buenos Aires (Foto: Enrique Marcarian/Reuters)

A polêmica Lei de Mídia da Argentina, que obriga o Grupo Clarín a vender parte considerável de seus ativos de tevê e rádio, é constitucional, segundo decidiu ontem a Corte Suprema de Justiça (CSJ) do país, equivalente ao Supremo Tribunal Federal brasileiro. A votação foi apertada com quatro votos a favor e três contrários.

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A lei foi aprovada no final de 2009, mas o grupo empresarial questionava os artigos que o obrigavam a se desfazer de seus ativos mais valiosos, as licenças de tevê a cabo, já que o texto limita o número de concessões do gênero.

A corte ainda não divulgou detalhes da sentença, mas estima-se que o grupo teria um prazo de um ano para vender os ativos.

Conflito

A Lei de Mídia foi proposta pela presidente Cristina Kirchner logo após ela ter se distanciado do Grupo Clarín, durante conflito que travou contra o setor agropecuário.

Em 2008, os produtores rurais promoveram um longo protesto contra o aumento de impostos do setor.

As vozes críticas, como a opositora deputada reeleita Elisa Carrió (UNEN), afirmam que a lei foi feita sob medida para punir o Clarín pelas reportagens críticas ao governo. Segundo ela, a Lei de Mídia tem o claro objetivo de manipular o conteúdo da imprensa.

Carrió enviou, então, uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) para alertar sobre supostas pressões feitas pelo governo sobre os juízes com o fim de obter uma sentença favorável à lei.

Eleições colocam Cristina na berlinda

Agência O Globo

O fim da apuração dos resultados das eleições legislativas na Argentina, ocorridas na noite de domingo, confirmou que o kirchnerismo sofreu sua maior derrota eleitoral desde que chegou ao poder, em 2003, e a maioria dos analistas políticos argentinos concordar que os próximos dois anos serão difíceis para a presidente Cristina Kirchner — que continua afastada do poder por problemas de saúde e sem data para retornar.

Como apenas metade da Câmara e um terço do Senado estavam em jogo, o governo preservará as maiores bancadas nas duas Casas, mas o risco de uma debandada de aliados após o recado das urnas é grande.

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