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Columbia - O governo americano pediu, e a Corte Federal de Apelações do Distrito de Columbia adiou em "ao menos uma semana’’ a libertação de 17 muçulmanos chineses presos desde 2001 na base militar americana de Guantánamo, em Cuba. O grupo era acusado de envolvimento nos ataques de 11 de Setembro.

Na terça-feira, o juiz Ricardo Urbina, da Corte Federal de Columbia, determinou que os detentos – todos da etnia uigur – fossem libertados, no máximo, até hoje, por não haver provas contra eles.

Foi a primeira decisão judicial a mandar não-americanos presos na base serem levados para o território dos Estados Unidos.

O governo recorreu dizendo que gostaria de já ter retirado os uigures de Guantánamo, mas que não sabe para onde enviá-los. Para o governo de George W. Bush, se forem entregues à China, os uigures serão torturados.

Sob esse argumento, a Corte de Apelações concordou em adiar a soltura.

Uigures

Os presos são uigures de Xinjiang, uma isolada região da China. O governo chinês acusa o grupo de integrar o Movimento Islâmico do Turquistão Oriental, organização que considera terrorista por defender a autonomia de Xinjiang. Os uigures presos pelos EUA estavam nas montanhas do Afeganistão quando foram capturados.

A China negou ontem qualquer intenção de torturar os detentos. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país, Qin Gang, disse em entrevista que a China "é um país que vive sob leis e que proíbe qualquer autoridade de promover torturas’’. "Expusemos nossos argumentos e esperamos que os EUA os levem a sério e repatriem as 17 pessoas em breve’’, concluiu o porta-voz.

Diplomacia

Os EUA tentam encontrar um país que receba os presos, mas enfrenta dificuldades porque grande parte das nações teme receber represálias diplomáticas por parte da China. Há dois anos, a Albânia refugiou cinco uigures detidos em Guantánamo, a despeito dos protestos da China, mas recusou outros pedidos, desde então.

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